Numa mensagem vídeo, enviada ao XXIII Congresso da Juventude Socialista, que decorreu em Braga, Carlos César começou por sinalizar que, depois dos “importantes sucessos” que foram alcançados pelo país este ano, “designadamente os bons resultados obtidos nos índices do emprego e o crescimento económico acima de todas as previsões”, teremos “um ano difícil à nossa frente”, em consequência do impacto da inflação e da guerra na Ucrânia.
Para responder a estes desafios, o presidente do PS defendeu que vai ser necessário não só concretizar as reformas que constam no programa de Governo, “como também seguir com a maior atenção a evolução da economia empresarial e a condição das pessoas e das famílias em situação mais frágil” para, “se for o caso, com oportunidade e na intensidade requerida”, implementar “medidas adicionais de apoio”.
Numa altura em que o país e o Governo estão empenhados “em recuperar dos bloqueios e das desigualdades agravadas com a pandemia e com as sequelas da guerra no leste europeu”, Carlos César advogou que o PS não pode “perder de vista o combate pela sociedade melhor que queremos”, dando disso exemplo as medidas, que têm sido tomadas pelo Governo socialista, “dirigidas às atividades económicas e às famílias, que foram reforçadas nos domínios do apoio social – e muito bem – na semana que agora finda”.
Oposição mais preocupada em combater o PS do que em ajudar o país
Carlos César sublinhou, depois, que “da maior parte da oposição partidária, da esquerda à direita, incluindo do maior partido da oposição, sempre envolvido nas suas lutas internas”, os portugueses já sabem o que não podem esperar.
“Pouco se aproveita da sua tendência contínua para a litigância e da sua tendência para destruir e, entre os mais radicais, da sua disputa pelos troféus do radicalismo, das discriminações negativas e da maledicência. Oxalá todos estivessem mais preocupados em ajudar o país e menos em combater o PS”, disse.
Carlos César salientou, contudo, que o PS conta com a “intervenção crítica e empreendedora dos parceiros sociais e de todas as forças políticas e cidadãos de boa vontade”, assim como daquela que é “a maior organização política de juventude” de Portugal – a Juventude Socialista.
“Não se espera nem se aspira a que a JS seja um corpo inerte, disciplinado e sossegado, nem um anexo ou um amanuense do PS, ou, ainda menos, um conforto ilusório para os jovens portugueses”, apontou.
“Espera-se, aspira-se a que seja um movimento motriz de mudança, de elaboração e, sempre que necessário, de rotura com as indiferenças no presente e face ao futuro”, sublinhou Carlos César.
Na sua mensagem ao Congresso dos jovens socialistas, Carlos César manifestou a convicção de que, juntos, PS e JS irão conseguir ser “parte ativa do Portugal Melhor que sempre” procuraram, afirmando que deve caber à Juventude Socialista “dar voz aos jovens desafios de todas as gerações”.
“Foram, são e serão sempre lutas difíceis que a JS trava com coragem pessoal, física e cívica, mas serão lutas incessantes porque nos acompanharão enquanto houver ambição. E a JS, tal como o PS, estão proibidos de perder a ambição”, disse Carlos César, concluindo: “Quanto mais JS tiver o PS, melhor será o PS. Quanto melhor for o PS, maior, também, será a confiança dos portugueses”.