Carlos César: Contas públicas equilibradas são derrota da direita e vitória do país
O líder parlamentar do PS regozijou-se com o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas desenhado pelo Governo para o próximo quadriénio hoje em discussão no Parlamento. Carlos César salientou o legado em que esse programa se reconstrói, como há muitas décadas não se via em Portugal: “O de um país com contas públicas equilibradas, que alcança já nos próximos exercícios orçamentais um saldo orçamental excedentário e uma redução do valor da dívida pública face ao PIB [Produto Interno Bruto] e inclusive do seu valor nominal”.
O socialista destacou que estes resultados são fruto da qualidade de gestão e da firmeza do Partido Socialista. “É prova de uma governação competente, responsável, e que se mostrou igualmente atenta à diversidade e à emergência de outros desafios económicos e sociais”, felicitou.
Ora, “a direita julgava proibido, ou pelo menos imprevidente, melhorarmos os salários e os apoios às famílias. Os restantes partidos da esquerda nunca simpatizaram com a importância de reduzir o défice”, recordou durante o encerramento do debate sobre o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas.
O presidente da bancada socialista considerou, deste modo, que este legado é “um motivo de orgulho, porque o Governo do PS provou que as promessas de bancarrota e os maus agoiros que os partidos da direita alardeavam ficaram com quem os proferiu. As contas públicas equilibradas são, assim, uma derrota da direita e uma vitória de Portugal”.
Numa avaliação da “credibilidade” do PSD e do CDS, o líder parlamentar socialista recordou o que estes partidos antecipavam no último Programa de Estabilidade que apresentaram à Comissão Europeia há quatro anos. “Segundo os próprios, se fossem Governo, a taxa de desemprego seria 11,6%, em 2018. Connosco foi 7%! Com PSD e CDS no Governo, o emprego no ano passado teria crescido 0,9%. Connosco, cresceu 2,3%, 112 mil empregos! Até o défice que previam para 2018 era superior ao verificado com a mudança de Governo”, lembrou.
O Partido Socialista provou também junto “dos outros partidos da esquerda que éramos capazes de conseguir esses sucessos na condução das finanças públicas fazendo, conjugadamente, crescer a nossa economia – e, com isso, novos e melhores empregos – arrecadando reservas para acudir a eventuais dificuldades futuras e, com esses partidos, empreendendo políticas de melhorias do rendimento e da proteção das famílias e de reforço das prestações sociais”.
Carlos César apontou que os parceiros partidários do atual Governo “dizem que são menos importantes as décimas que fomos recuperando nos défices das nossas contas públicas”, mas a verdade é que “quantas mais décimas no défice ganharmos agora, mais décimas teremos para protegermos, em caso de crise externa, a nossa economia, as nossas empresas, os empregos dos portugueses e das portuguesas e os nossos serviços públicos”.
Instituições europeias reconhecem mérito das políticas do Governo
O presidente da bancada do PS frisou, ainda, que o Programa Nacional de Reformas e o Programa de Estabilidade surgem “quando a generalidade das instituições europeias e de avaliação internacional nos ajuízam, face aos resultados obtidos, de forma muito positiva”. Portugal, através da ação do Executivo socialista, “atingiu a taxa de desemprego mais baixa dos últimos 16 anos” e é o “segundo país da Europa que mais reduziu a pobreza e a exclusão social. Atingimos o nível de desigualdade mais baixo de sempre”, exemplificou.
“Para a oposição tudo isso pode não ser positivo”, ironizou o presidente do Partido Socialista, garantindo, porém, que os portugueses têm um entendimento diferente. “De resto, nós governamos para os portugueses e não para a oposição”, asseverou.
Carlos César deixou depois a garantia de que o partido está “a preparar, sem ceder a facilitismos e deslumbres de ocasião, um futuro mais seguro e mais sustentável para Portugal. É essa persistência que nos é reconhecida e que é razão do prestígio que o país hoje goza no exterior e da confiança que os portugueses devem ter no seu próprio futuro”, assegurou.