No final da reunião da bancada do PS, Carlos César, que assumiu interinamente a liderança do Partido Socialista até eleição do novo Secretário-Geral, considerou “normal” a “AD constituir Governo, tomar posse e o seu programa de Governo não ser inviabilizado”. “Decorre dos resultados eleitorais que tivemos”, frisou em declarações à comunicação social.
Assim, “a posição do Partido Socialista será de rejeitar qualquer rejeição que seja a esse propósito proposta no Parlamento”, anunciou Carlos César, sublinhando a necessidade de se retomar “com normalidade a entrada em funções do Parlamento”.
Destacando a “larguíssima maioria no Partido Socialista” quanto a esta matéria, o Presidente do PS recordou que teve “oportunidade de fazer esse debate ao nível do atual Secretariado Nacional do partido no sentido de entender que não faz sentido rejeitar o programa de Governo”.
Na reunião do Grupo Parlamentar do PS foi aprovada a proposta para viabilização dos nomes dos outros partidos para integrar a mesa da Assembleia da República, em especial o presidente da Assembleia da República. Carlos César admitiu que espera reciprocidade desta “formalidade parlamentar que deve ser cumprida”, após contactos com o PSD.
Quanto aos deputados do PS, Marcos Perestrello é proposto para vice-presidente da mesa da Assembleia da República e as parlamentares Joana Lima e Susana Correia para secretárias da mesa.
Pedro Delgado Alves é o novo líder parlamentar interino
Carlos César destacou a aprovação por unanimidade da recondução da anterior direção da bancada do PS como direção interina, “agora sob a presidência do deputado Pedro Delgado Alves”.
O presidente do PS deixou um elogio ao novo líder parlamentar socialista, considerando-o um “deputado com um brilhantismo parlamentar e com conhecimento profundo da realidade do Parlamento”.
Tratando-se de uma direção interina, Carlos César explicou que “quando o novo Secretário-Geral do partido tomar posse, seguindo uma praxe que temos como assente desde sempre, proporá a direção que melhor entender e que achar adequada às finalidades da intervenção parlamentar do Partido Socialista”.
O Presidente do PS deixou, depois, claro que os socialistas “não têm com o PSD nenhuma relação negocial”. “O Partido Socialista pautará a sua intervenção parlamentar de acordo com a sua formação de vontade própria, que é autónoma, embora considerando, naturalmente, os posicionamentos dos vários partidos”, assegurou.