O socialista, que intervinha no debate preparatório do Conselho Europeu, com a participação do primeiro-ministro, começou por saudar “o Conselho pela inédita iniciativa, ainda que informal, de reunir 44 países da Europa e da vizinhança oriental, que partilham connosco interesses comuns em termos de segurança, de paz e de cooperação”. E desejou que a próxima reunião, “já simbolicamente prevista para a Moldávia”, contribua para a “unidade da Europa e para o reforço dos valores que conformam o nosso modelo de sociedade”.
Capoulas Santos salientou também as conclusões do último Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros, “particularmente no que diz respeito ao consenso alcançado para ampliar o apoio financeiro, político e militar à Ucrânia”.
O presidente da Comissão Parlamentar de Assuntos Europeus defendeu que, “volvidos oito meses de barbárie, de irracionalidade e de destruição maciça de bens e de infraestruturas, que custará muito mais do que uma geração a repor, a situação para onde o regime russo nos empurrou não nos deixa qualquer outra alternativa: não podemos vacilar, por maiores que sejam os custos económicos e sociais que tenhamos de suportar, pelo apoio ao heroico e martirizado povo ucraniano”.
Capoulas Santos destacou a “capacidade de sofrimento e de resistência na frente de combate” do povo ucraniano, que faz “diariamente crescer o nosso respeito e a nossa admiração e tornam imperativo o nosso dever de solidariedade”.
“Ainda esta semana um órgão de comunicação social nos fez recordar os horrores do ‘Holodomor’, o genocídio perpetrado por Estaline, nos anos 30, através da fome, que vitimou sete a dez milhões de ucranianos, e que Putin quer agora repetir, através do frio”, concluiu o deputado do PS.