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Capacidade de rastreio à Covid-19 quase triplicou desde dezembro

Capacidade de rastreio à Covid-19 quase triplicou desde dezembro

O número de profissionais a fazer rastreios de casos de Covid-19 quase triplicou nos últimos dois meses, disse esta quarta-feira no Parlamento a ministra da Saúde, Marta Temido.
Capacidade de rastreio à Covid-19 quase triplicou desde dezembro

A ministra da Saúde, Marta Temido, esteve esta quarta-feira na comissão de Saúde da Assembleia da República, onde referiu que o número de profissionais dedicados e “equivalentes a tempo integral” a rastrear casos de Covid-19 quase triplicou desde meados de dezembro.

“Em 13 de dezembro, o número de profissionais, equivalentes a tempo integral, a realizar inquéritos epidemiológicos era de 427 e em 4 de fevereiro ultrapassava os 1.100”, adiantou a ministra, acrescentando que se tratam de “funcionários da administração central e local, estudantes e de elementos das forças de segurança e armadas” que estão a realizar os inquéritos.

Conforme esclareceu a ministra, os inquéritos epidemiológicos foram simplificados e a “adoção de modelos colaborativos” permite que “na maioria do país” o contacto com as pessoas seja feito nas primeiras 24 horas.

Durante a audição, Marta Temido afirmou que, no último mês, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi duramente colocado à prova, mas conseguiu responder e a capacidade de trabalho demonstrada pelos profissionais de saúde reforçou a robustez do sistema.

A ministra da Saúde indicou algumas das metas para este ano, entre as quais a “aceleração da vacinação e a expansão da testagem” à Covid-19, bem como a “recuperação das necessidades assistenciais não Covid” e a aprovação do estatuto do SNS, que, segundo a governante, deverá acontecer ainda no primeiro semestre.

Marta Temido revelou aos deputados outras melhorias registadas do SNS, designadamente a “melhoria e expansão da linha SNS24” e o aumento da capacidade laboratorial que, através de um programa orçamentado em 8,4 milhões de euros, “permitiu passar de uma autonomia de 6000 testes PCR por dia, para cerca de 22 000, só na rede SNS”.

A ministra destacou, ainda, o programa centralizado de financiamento de cuidados intensivos, no âmbito do qual foram adquiridos mais de 1.100 ventiladores desde o início da pandemia, sublinhando que foi autorizado, no dia 9 de fevereiro, a realização de uma “despesa de mais de nove milhões de euros para ampliação” de serviços de medicina intensiva nos hospitais do SNS.

SNS com mais de 9.100 profissionais

A ministra da Saúde referiu que o SNS contava, no final de 2020, com mais 9.123 trabalhadores, entre os quais 614 médicos especialistas, 3.263 enfermeiros e 3.207 assistentes operacionais, o que se traduziu num aumento da despesa orçamental que estava prevista.

Marta Temido informou que, o regime excecional de contratação para a resposta à Covid-19, permitiu “a celebração de 8.452 contratos que ainda se encontram ativos, dos quais mais de 1300 já foram convertidos em contratos sem termo”, outros 800 estão em concurso e mais 1.251 são “suscetíveis de conversão até ao final do primeiro trimestre” do corrente ano.