Ao lado da atual presidente da Câmara de Marco de Canaveses, Cristina Vieira, que se recandidata pelo PS, António Costa elogiou a “gestão exemplar” da autarquia no processo de descentralização de competências, assumido num projeto piloto que se foi consolidando ao longo dos últimos quatro anos.
“Aqueles autarcas que ainda hoje têm receio de virem a assumir em pleno, a partir do próximo mês de abril, as competências que estão a ser descentralizadas na área da educação, saúde, ação social, devem pôr os olhos no trabalho que aqui foi feito no Marco de Canaveses”, afirmou.
Relembrando, por outro lado, que o próximo quadro de fundos comunitários irá já ser gerido “ao nível regional”, o líder socialista e primeiro-ministro destacou o papel decisivo que os autarcas vão ter na definição das políticas de investimento local e para melhor servirem as suas populações.
“Depois há aqueles que têm unhas para tocar guitarra e há os que não têm unhas para tocar guitarra. Mas isso é o povo que sabe escolher”, afirmou.
Abordando os últimos quatro anos de executivo socialista no concelho, António Costa destacou que o trabalho realizado é a prova de que o PS “é a melhor garantia” do que continuará a ser feito no próximo mandato. “Esta campanha é muitíssimo mais fácil, porque, agora, a obra fala por si, o trabalho fala por si, e a vossa cara, o vosso rosto, a vossa força de confiança na liderança da Cristina Vieira fala por si e pronuncia uma grande vitória do PS nas eleições do próximo domingo”, salientou.
IC35 vai ser uma realidade para Penafiel
Penafiel foi o segundo ponto de passagem de António Costa, onde testemunhou do candidato socialista, Paulo Araújo Correia, “um desejo de mudança” que é sentido no concelho para mudar a governação de direita na autarquia.
Recebido por centenas de pessoas, em ambiente de muita animação, António Costa esteve sentado à mesa da esplanada da confeitaria Alvorada, uma das mais antigas da cidade, na companhia do candidato do PS e dos dirigentes José Luís Carneiro e Manuel Pizarro, tendo falado também com Vitorino Silva, o popular Tino de Rans, ex-candidato à Presidência da República e líder do partido RIR, que se coligou nestas autárquicas com o PS em Penafiel.
Na sua breve visita, António Costa teve ainda oportunidade de destacar mais um exemplo do impacto que o Plano de Recuperação e Resiliência terá para o investimento estratégico local, referindo que a obra da ligação da sede do concelho a Rans, conhecida como IC35, há muito reclamada por Penafiel, assim como a restante ligação a Entre-os-Rios, é mesmo uma certeza que vai avançar.
Apoio em Paredes e Valongo
Já em Paredes, onde participou numa ação de campanha de apoio ao atual autarca e candidato pelo PS, Alexandre Almeida, o líder socialista reforçou a mensagem da exigência em “fazer mais e mais depressa” para pôr no terreno as oportunidades que o PRR abre ao país, destacando que “o casamento entre o Estado e os municípios é absolutamente essencial”.
Numa intervenção que dedicou particular atenção ao tecido empresarial, António Costa referiu que, entre o programa Portugal 2030 e o PRR, as empresas “vão dispor nos próximos seis anos do dobro daquilo que tiveram nos seis anos anteriores”, ou seja, uma valo que poderá atingir os 10 mil milhões de euros, para reforço de capitalização e investimento na inovação tecnológica.
“E a missão dos municípios é absolutamente fundamental, porque são eles que conhecem o território, o tecido empresarial, os recursos humanos que existem em cada terra, e são eles que estão em melhores condições de fazer a ponte entre aquilo que são as necessidades de formação profissional, da requalificação profissional, no investimento na formação”, sustentou.
António Costa reforçou que é este trabalho dos autarcas que permitirá “investir com confiança e segurança para ajudar a desenvolver cada um destes territórios”.
A terminar a manhã, António Costa deslocou-se ainda a Valongo, onde se encontrou com o autarca socialista José Manuel Ribeiro, que se candidata a novo mandato, sendo brindado com a oferta de uma regueifa, pão típico local, como forma de agradecimento pela forma como, enquanto primeiro-ministro, respondeu à pandemia de Covid-19.
Ocasião para António Costa, uma vez mais, dirigir um agradecimento ao “trabalho extraordinário” dos profissionais e de saúde e enaltecer a “forma extraordinária” como as portuguesas e portugueses enfrentaram a crise pandémica.
Estendendo esse reconhecimento ao esforço das empresas, empresários e famílias, o Secretário-geral do PS pediu que a “mesma energia, determinação e espírito solidário” com que foi possível ultrapassar os momentos mais difíceis possa estar também presente nesta nova fase da vida do país, onde é necessário recuperar o que se perdeu e aproveitar a “oportunidade extraordinária” que Portugal tem agora à sua frente.