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Caixa Geral de Depósitos deve ser defendida como grande pilar de estabilidade do sistema financeiro do país

Caixa Geral de Depósitos deve ser defendida como grande pilar de estabilidade do sistema financeiro do país

O primeiro-ministro, António Costa, reafirmou hoje ser prematuro falar em números sobre o pano de reestruturação e capitalização da Caixa Geral de Depósitos, enquanto não estiverem concluídas as conversações em curso com a Comissão Europeia. O chefe do Governo recomendou paciência e insistiu na prioridade da defesa do banco público como grande pilar do sistema financeiro português.
Caixa Geral de Depósitos deve ser defendida como grande pilar de estabilidade do sistema financeiro do país

“Enquanto não tivermos concluído as conversações com a Comissão Europeia é obviamente prematuro estarmos a falar sobre números e sobretudo sobre números que querem dizer coisas muito diferentes”, começou por dizer António Costa, à margem de um encontro oficial com o homólogo da Costa do Marfim, em Lisboa.

“Acho que é muito importante não especularmos sobre o futuro da Caixa Geral de Depósitos. A Caixa Geral de Depósitos é o grande pilar da estabilidade do nosso sistema financeiro, é um grande banco”, afirmou.

António Costa recordou que há “uma equipa diretiva em formação” para a CGD e que foi apresentado na Comissão Europeia “um projeto de plano de negócios, de plano de investimento, de plano de reestruturação e de plano de capitalização”, salientando que o Ministério das Finanças fornecerá todas as informações assim que “for oportuno” e apelando a uma atitude paciente até estarem concluídas as conversações com Bruxelas.

Manter a liderança e regressar aos resultados positivos em cinco anos

No mesmo sentido, o ministro da Finanças explicou hoje que o plano de capitalização da CGD está ainda em processo de negociação com as autoridades nacionais e europeias, o que implica um dever de reserva.

Em conferência de Imprensa, Mário Centeno revelou que o plano de negócios e de capitalização da CGD, que ainda está em discussão com Bruxelas, tem por objetivo permitir à ao banco do Estado “manter a liderança no mercado doméstico”, aumentar “a eficiência operacional e simplificar a estrutura do grupo, tornando-a mais eficiente”.

Sobre a presença internacional do banco, o governante adiantou que esta deverá “privilegiar o desenvolvimento em África, e em particular nos países de língua portuguesa”.

Mário Centeno assegurou ainda que o investimento na CGD será recuperado num período “relativamente curto de tempo”, acrescentado que no prazo de cinco anos a Caixa deverá “regressar aos resultados positivos”.