Cada vez que há uma nova empresa a funcionar, “reduz-se o défice do país”
António José Seguro sublinhou que, na atual conjuntura de crise económica e financeira, é também sua responsabilidade visitar e assinalar casos de empresas que ultrapassaram sérias dificuldades e estão em processo de franca recuperação.
O líder socialista visitou hoje a fábrica da Sicasal, em Mafra, deslocação que marcou o arranque das Jornadas Parlamentares do PS, que prosseguirão até sexta-feira em Oeiras e Sintra.
A fábrica da Sicasal sofreu sérios danos em 2011, em consequência de um grave incêndio, mas, de acordo com empresários e responsáveis locais, recuperou já o anterior dinamismo produtivo e encontra-se em franca recuperação.
Foi o exemplo de “recuperação” da Sicasal que o secretário-geral do PS pretendeu assinalar e destacar, numa analogia com o que pretende para o país, durante uma visita de cerca de uma hora a todos os departamentos da cadeia produtiva de processamento de carne.
No final da visita, António José Seguro reiterou que a prioridade política dos socialistas “é o emprego” e salientou que “é um gosto visitar empresas com empreendedorismo, vontade e capacidade laboral”.
A Sicasal “é uma marca portuguesa de confiança, que passou recentemente por dificuldades por causa de um incêndio, mas que hoje está em plena recuperação, resultado da capacidade dos empresários e dos trabalhadores”, acrescentou.
“Aqui está um exemplo muito positivo de uma empresa que serve para o mercado nacional e para a exportação, que cria emprego, riqueza e valor. Numa altura de tantas dificuldades, em que há quase um milhão de portugueses desempregados e em que há empresas que vão à falência, considero que também é minha responsabilidade visitar empresas em franco progresso e recuperação, podendo criar riqueza e preservar postos de trabalho”, sustentou.
António José Seguro sublinhou que “as políticas de austeridade não ajudam nem ao crescimento nem à criação de emprego”.
“Nos últimos dois anos, Portugal perdeu 450 mil postos de trabalho. É preciso que Portugal equilibre as suas contas públicas pela via do crescimento económico”, reiterou.
O líder do PS afirmou que, cada vez que há uma nova empresa a funcionar, “reduz-se o défice do país, porque há mais contribuições para a segurança social e há lucros que geram a seguir mais impostos”.
“Pelo contrário, cada vez que uma empresa encerra, isso significa menores contribuições de receitas para o Estado e maior despesa do Estado com o pagamento de subsídios de desemprego. Esta visão simples deve ser transposta para a política, quer no plano nacional, quer no plano europeu”, acrescentou.