Banco de Portugal confirma melhoria da economia nacional
São “boas as notícias” que o Banco de Portugal acaba de dar, no seu boletim económico de dezembro, ao rever em alta o crescimento do PIB português para os anos de 2016 a 2019, subscrevendo aliás, como lembrou o ministro da Economia, o que já antes tinha declarado o FMI.
Para Manuel Caldeira Cabral, que falava em Lisboa à margem da inauguração do novo centro de inovação e experiência da empresa chinesa Huawei, as notícias são boas, porque significam que o Banco de Portugal, uma “instituição independente”, veio reconhecer que a situação económica “está a melhorar”, vendo agora que as perspetivas, quer para este ano, quer para 2017, são mais favoráveis, não só ao nível do crescimento do produto, mas também “revendo em alta as exportações”, o que para o ministro da Economia significa “uma confiança na competitividade da economia portuguesa”.
O caminho agora a seguir, como defendeu o titular da pasta da Economia, é “continuar a trabalhar” como o Governo fez até aqui, para que os portugueses continuem a receber revisões em alta da sua economia, quer do Banco de Portugal, quer de outras instituições, nacionais e estrangeiras.
Depois de reafirmar, tal como o primeiro-ministro, António Costa, tem vindo a defender, que o país vai ter em 2016 o “mais baixo défice” de sempre em democracia, Manuel Caldeira Cabral considerou que a questão da dívida portuguesa continuará a ser tratada pelo Governo, com a mesma responsabilidade de sempre, garantindo que o que há a fazer “é cumprir o que está no Orçamento”.
Défice orçamental e dívida que vão continuar a merecer da parte do Governo uma atenção prioritária, tendo em vista a sua redução no próximo ano, lembrando o ministro da Economia que este desiderato não compreende nem prevê “mais medidas de austeridade”.
Investimento chinês reforça presença na economia portuguesa
Sobre o primeiro centro de inovação e experimentação da marca chinesa, ontem inaugurado em Lisboa, o ministro da Economia disse tratar-se de uma iniciativa “muito positiva”, lembrando que a Huawei é uma das “grandes empresas mundiais” que tem demonstrado um assinalável “empenhamento em Portugal”.
Um empenho que, segundo Manuel Caldeira Cabral, se traduz na prática, quer pelo empenhamento que tem mostrado em trazer para o país mais “inovação e formação” ao nível das novas tecnologias de informação, quer propondo a formação, nos próximos anos, de cerca de cinco mil estudantes universitários, além dos empregos que se propõe igualmente criar nesta área.
A este propósito, o ministro Caldeira Cabral lembrou que, além dos empregos diretos que certamente serão criados em Portugal através da empresa chinesa Huawei, há também a considerar os “empregos indiretos”, o que constituirá, segundo o ministro da Economia, um ponto “muito interessante” no fortalecimento da indústria portuguesa.