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Bairro da Jamaica: Costa pede confiança na polícia e nos inquéritos

Bairro da Jamaica: Costa pede confiança na polícia e nos inquéritos

O primeiro-ministro, António Costa, apelou hoje para que não se transforme num paradigma os incidentes ocorridos no bairro da Jamaica, no Seixal, e defendeu que há boas razões para se confiar na polícia, frisando que há inquéritos em curso.
António Costa fala sobre o bairro da jamaica

António Costa falava aos jornalistas após ter visitado o espaço da “Ephemera”, Arquivo e Biblioteca José Pacheco Pereira, no Barreiro, acompanhado pela ministra da Cultura, depois de ter sido questionado pelos jornalistas sobre os incidentes no bairro da Jamaica, no Seixal.

“Não podemos dramatizar aquilo que são incidentes, nem banalizar a situação. Temos boas razões para confiar na nossa polícia, como temos boas razões para confiar nos cidadãos que vivem em Portugal, sejam portugueses ou estrangeiros, não transformando um caso concreto num paradigma e numa realidade que não é a nossa”, reagiu o primeiro-ministro.

Nestas situações de tensão, segundo António Costa, a atitude certa é “manter a serenidade de forma a que todos retomem a razão”.

“Se houve uma ação de violência policial, ela tem de ser devidamente apurada e punida. E se há ações de violência contra a polícia, também têm de ser punidas. Mas, temos de deixar que as autoridades cumpram as suas funções”, disse.

O primeiro-ministro referiu, então, que “há participações ao Ministério Publico e um inquérito aberto pela Inspeção Geral da Administração Interna”.

“Portanto, temos de deixar que tudo seja apurado por forma a não tirarmos conclusões precipitadas. O país tem zonas, sobretudo na periferia das áreas metropolitanas, onde há focos de tensão devido às condições de vida existentes. Há um trabalho e um esforço continuo a fazer”, completou.

António Costa salientou depois que o Governo “assumiu como prioritária a intervenção” no Bairro da Jamaica e, em dezembro passado, em conjunto com a Câmara do Seixal, “já se procedeu ao realojamento das primeiras 64 famílias”.

“Temos um programa para que, nos próximos anos, haja um realojamento total das pessoas do bairro”, completou.