Falando aos jornalistas, no Largo do Rato, após uma reunião da Comissão Política Nacional, que analisou os resultados eleitorais e decidiu a posição de “abstenção exigente” no Orçamento do Estado para 2026, José Luís Carneiro frisou que tanto o grupo parlamentar socialista como os órgãos nacionais do partido foram unânimes em reconhecer o mérito dos resultados alcançados “em função de todo um contexto nacional”.
“É sempre possível haver leituras diferentes, porque há 30 maneiras de olhar para o resultado de umas eleições autárquicas”, reconheceu, ressalvando, porém, que “quer o grupo parlamentar quer a Comissão Política Nacional foram unânimes quanto aos resultados positivos do Partido Socialista, tendo em conta que vencemos várias eleições autárquicas”.
O líder socialista recordou ainda que o PS foi “o partido que mais teve de substituir presidentes de Câmara – cinquenta no total, mais cerca de vinte do que os nossos principais competidores – e, mesmo assim, conseguiu manter-se como a principal força nas áreas urbanas e vencer em nove capitais de distrito”.
Este desempenho confirma, frisou, “a competitividade do PS também no eleitorado urbano” e demonstra que “o Partido Socialista tem razões para estar confiante enquanto principal alternativa política à AD”.
“É a partir desta posição que o PS se vai afirmar como uma alternativa política nacional”, sublinhou.
Com um total de um milhão e oitocentos mil votos e a maioria das câmaras na Área Metropolitana de Lisboa, o Secretário-Geral do PS enfatizou que os resultados confirmam “as conquistas e as coisas boas que aconteceram nestas eleições”.
“Naturalmente, gostaríamos de ter atingido outros objetivos, mas é evidente que ao secretário-geral cumpre-lhe dar ânimo, puxar pelo moral das tropas e valorizar o mérito e os resultados do partido — e faço-o com fundamento”, atirou, respondendo com serenidade a propósito de opiniões menos convergentes no seio do partido.
“Entre os otimistas e os pessimistas, eu tenho dito que sou um realista otimista”, concluiu.
