“Évora pode e deve ser um motor de crescimento económico, coesão social e inovação territorial”, defendeu José Luís Carneiro, na sua primeira iniciativa já como líder eleito do PS, realçando, neste contexto, a importância de implementar os contratos territoriais de desenvolvimento.
“O objetivo é claro: até 2050, duplicar a capacidade de atrair investimento, criar emprego, fixar população e aumentar o rendimento gerado localmente”, disse.
“Carlos Zorrinho reúne a experiência e a visão necessárias para projetar Évora com ambição e responsabilidade”, apontou José Luis Carneiro.
Direita concentrada em temas que não preocupam as pessoas
O Secretário-Geral do PS criticou também os partidos da direita por estarem a “desviar as atenções” dos temas que realmente interessam ao país, levando ao Parlamento propostas que estão “completamente à margem” das preocupações dos portugueses.
“Os partidos da direita estão concentrados em matérias que não são as que preocupam as pessoas”, afirmou José Luís Carneiro, em declarações aos jornalistas no final da iniciativa.
Para o líder socialista, os portugueses estão preocupados com respostas efetivas para a habitação, a saúde, os salários e rendimentos, melhores transportes públicos, mais vagas em creches e jardins-de-infância.
“E aquilo que vejo é levarem propostas à Assembleia da República que não têm que ver com estas prioridades. Fará parte de uma estratégia de desviar as atenções da comunicação social e dos portugueses dos temas que preocupam as pessoas”, apontou.
Uma das áreas essenciais que José Luís Carneiro referiu não estar a ter resposta por parte da coligação PSD/CDS-PP é a da habitação, que assumiu como uma das “primeiras prioridades” da nova liderança socialista.
“Propomos que se possa avançar com a construção de 50 mil casas ao ano até 2035. Temos apenas 2% de oferta de habitação pública e temos que alcançar um objetivo bastante superior se nos queremos comparar com os países europeus”, salientou.
A proposta socialista, indicou o Secretário-Geral do PS, passa por reforçar os meios financeiros dos municípios e avançar com a construção de habitação a custos controlados, envolvendo a administração central, municípios e privados.
“E [prever] a possibilidade de aquisição por parte dos municípios, procedendo ao posterior arrendamento com períodos longos de amortização, por forma a que os arrendatários, ao fim de 25 ou 30 anos, possam eles próprios ficar com essas habitações”, avançou José Luís Carneiro.