As mulheres no poder local
ANABELA FREITAS 8 de Março – Dia da Mulher Assinala-se o Dia da Mulher, um dia em que importa enaltecer o papel preponderante que as mulheres têm vindo a conquistar e a assumir na nossa sociedade. É efetivamente um dia de celebração quando pensamos que, independente da esfera em que enquadram, as mulheres têm conseguido afirmar-se e alterar paradigmas familiares, sociais, profissionais e até políticos. Hoje é o nosso dia, vamos celebrar! |
|
BERTA NUNES Um mundo melhor! Queremos uma sociedade em que os/as nossos/as filhos/as,não sejam condicionados/as nos seus sonhos e nas suas escolhas por estereótipos e preconceitos sobre o género e que possam escolher o que querem ser ou fazer. Na política a todos os níveis e na política local em particular a presença das mulheres e a paridade acrescentam valor. |
|
CARLA TAVARES Data a história ainda recente que a 8 de março se assinale o Dia Internacional da Mulher, como forma de recordar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres. Mas, mais do que recordar feitos históricos, este dia simboliza igualmente a comemoração de uma sociedade caracterizada pela equidade de oportunidades. Sou uma mulher pela igualdade! Como mulher, mãe, filha, autarca e socialista sei que tenho a missão de cultivar e respeitar o direito de todos a sermos diferentes, sem discriminar negativa ou positivamente ninguém. Porque a igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um princípio essencial da democracia. |
|
CRISTINA CALISTO DECQ MOTA Liderar no feminino não é tarefa fácil! Falo no meu caso concreto de mulher, mãe e esposa! Independentemente das funções de autarca não descuro o papel de cuidadora e educadora, uma missão exigente para qualquer mulher! As mulheres estão aptas para as mais altas funções, mas ainda são renitentes em confiar o papel de mães exímias aos pais, sendo imperativo fazê-lo e acreditar que os pais são capazes de servir os filhos, sendo nós que obstaculizamos essa mudança! As minhas funções profissionais obrigam-me a uma vida agitada, uma agenda preenchida e horários rigorosos que procuro conciliar metodicamente para não “ferir” a minha vida pessoal e familiar, nem a vida profissional. Sou a primeira mulher a presidir ao município da Lagoa, a única à frente de uma autarquia nos Açores e uma das mais jovens autarcas do país. Tem sido um desafio intenso e exigente, mas muito gratificante! Pauto a minha intervenção cívica como mulher e a minha ação política de autarca com objetivos claros de unir homens e mulheres no combate às desigualdades e à discriminação; de incentivar à maior participação feminina na política; de promover a transversalidade de género e de valorizar os Direitos Humanos. Estes são os compromissos cívicos que norteiam a minha atuação, num “mundo” ainda predominantemente masculino, mas que, como o meu exemplo e o de outras mulheres pelo país, indubitavelmente irá alterar-se no futuro. |
|
FLORA SILVA O meu testemunho, como vítima duma sociedade ainda culturalmente machista , não é muito relevante.Nasci numa família de matriarcas- avó e mãe-que, embora na rua devessem andar um passo atrás do marido e em sociedade terem palavra recatada pois ao homem cabia falar e ser ouvido, foram mulheres empreendedoras e de negócio. É essa a imagem que guardo das mulheres da minha família e de mim própria, uma das pouquíssimas jovens que tive o previlégio de estudar na minha aldeia.Quer como docente quer como política, sempre assumi responsabilidades em pé de igualdade com os homens, o que naturalmente devo à emancipação da mulher,uma das mais importantes conquistas de Abril. Por isso, se me torna doloroso constatar que, 40 anos após a Constituição de 76 e a Proclamação do Dia Internacional da Mulher e 60 anos após a Declaração Universal dos Direitos Humanos,todas as estatísticas confirmem que a mulher seja ainda preterida no emprego, menos remunerada,com menor acesso a cargos de chefia,trabalhe em média mais três horas por dia, continue mais vulnerável ao assédio, ao tráfico e à violência doméstica( mais de 400 mulheres assinadas nos últimos 10 anos!) Por isso, não basta evocar a força da Lei, é preciso dar-lhe força de vida. É tempo de fazermos nossa a utopia romântica de Stendhal: «A chegada da mulher à igualdade perfeita será o sinal mais seguro da civilização, |
|
ISILDA GOMES Que bom seria se a igualdade se refletisse em todas as dimensões da vida. Que bom seria se as oportunidades se abrissem para todos independentemente do género. Que bom seria se os direitos das mulheres não tivessem que ter sido conquistados. Que bom seria não termos de nos curvar perante a memória de milhares de mulheres que lutaram, colocando muitas vezes a sua vida em risco, pela igualdade de género. Que bom seria não comemorarmos o Dia Internacional da Mulher simplesmente porque tal não faria sentido. O mundo seria certamente muito melhor. |
|
LURDES CASTANHEIRA A celebração da Mulher é uma homenagem a todas as Mulheres que lutaram e lutam pela igualdade. Ainda hoje, em muitos contextos, em países civilizados, a Mulher é discriminada, está em minoria, está sub-representada em cargos de poder, aufere ordenados inferiores. No longo caminho percorrido há ainda muitos passos a trilhar. Olhando o futuro, o nosso combate é uma realidade. |
|
MARIA AMÉLIA ANTUNES 8 de Março. Não é mais um 8 de Março mais um dia internacional da mulher. É 8 de Março o dia da igualdade efetiva, real, concreta, entre mulheres e homens. Será assim este dia no futuro. O dia da igualdade de género, sem mais. Nesse dia,carregado de História serão lembradas as Mulheres que lutaram pelos direitos das mulheres, contra todas as formas de discriminação, que deram voz a tantas mulheres sem voz. Conquistaram a consagração dos seus direitos nas leis e no caminho para a sua concretização na realidade da vida, através dos tempos, para a agenda global do século XXI. Vamos conseguir! |
|
MARIA CLARA SAFARA Dia 8 de março, conhecido por ser o Dia Internacional da Mulher, traz consigo uma pesada carga emocional que toca a muitas mulheres espalhadas por todo o mundo. É um dia em que se assinala o papel das mulheres nos vários quadrantes da sociedade, mas acima de tudo é um dia de reconhecimento da Igualdade. Vivemos numa sociedade teoricamente com igualdade de género mas onde, por diversas razões, essa igualdade não se efetiva a nível profissional, e na qual a mulher precisa sempre de dar mais provas que o homem. É contra esta disparidade que diariamente me debato e é a favor da Igualdade Efetiva de Género que luto. Embora nem sempre fácil, orgulho-me de ser mulher e do percurso que tracei. Para todas as mulheres faço votos de um feliz dia e apelo a que não baixem os braços e continuem a lutar para mudar mentalidades. |