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Austeridade deixa dois milhões de portugueses na pobreza

Austeridade deixa dois milhões de portugueses na pobreza

O Partido Socialista refere que o aumento da pobreza em Portugal se deve às políticas de austeridade levadas a cabo pelo Governo, que não reconhece os problemas sociais no país.

O vice-presidente da bancada do PS Vieira da Silva lembrou que, depois de o Instituto Nacional de Estatística ter divulgado que a pobreza em Portugal aumentou em 2013, “o primeiro-ministro disse ainda há pouco tempo que desta vez não foi o mexilhão que ficou com a parte mais dura da crise, mas esta parábola do mexilhão tem agora um desmentido cabal e dramático”.

O deputado defende que os dados hoje revelados demonstram que houve em 2013 “um agravamento significativo” da situação social do país, bem como uma maior assimetria na distribuição de rendimentos em Portugal.

Vieira da Silva culpa estes indicadores com as políticas de austeridade seguidas pelo Executivo PSD/CDS, que provocaram “um drama social”.

“O indicador da taxa de pobreza, que já era elevado, na casa dos 18,7%, passou num ano para 19,5%. Ou seja, perto de dois milhões de portugueses estão em situação de pobreza”, sublinhou.

Vieira da Silva considera que “mais grave face ao discurso oficial do Governo é a desigualdade de rendimentos, que se agravou em qualquer que seja o indicador considerado. Os 10% dos portugueses mais ricos têm hoje 11,1 vezes mais rendimentos do que os 10% dos portugueses mais pobres, uma relação que em 2009 era de 9,2%”.

O vice-presidente do grupo parlamentar do PS destaca que “há uma particular incidência da pobreza em famílias com filhos, mas também na população idosa ou na população reformada”.

“Infelizmente, o Governo não quis reconhecer estes problemas e, durante a discussão do Orçamento de Estado, chumbou todas as propostas do PS para minorar os problemas sociais em Portugal”, lembrou.

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