Aumento do salário mínimo tem mais impacto nos municípios com menores rendimentos
“Municípios do Norte, interior Norte, interior Centro e Alentejo, tradicionalmente com indicadores de poder de compra mais baixos, apresentam agora maiores subidas do poder de compra”, acrescentou José Luís Carneiro, com base em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). O Secretário-geral adjunto garantiu ainda que, em virtude do aumento do consumo nesses concelhos do interior do país, se registou igualmente a criação de novos empregos nesses mesmos territórios.
“Por essa razão, digo que não é válida a ideia da CIP (Confederação da Indústria Portuguesa) de que o aumento do salário mínimo até aos 750 euros no final da legislatura possa vir a traduzir-se na perda de postos de trabalho”, afirmou.
Aprofundar diálogo
Este encontro teve também como objetivo “aprofundar os canais de diálogo e de cooperação com a CGTP-IN”. José Luís Carneiro adiantou que “a estabilidade política e social são fatores essenciais para o crescimento da economia – e é a partir daqui que se pode promover a redistribuição de rendimentos, quer para os trabalhadores do setor público, quer do setor privado, mas sempre com equilíbrio financeiro”.
Em matéria de medidas para os trabalhadores, o Secretário-geral adjunto do PS estima que a despesa com pessoal da administração pública atinja no próximo ano 23,236 mil milhões de euros, o que representará um acréscimo na ordem dos 3%.
“Transmiti a garantia de que, no decurso desta legislatura, o Governo prosseguirá uma política de consolidação e de alargamento dos rendimentos”, referiu o dirigente socialista.