Aumento do salário mínimo nacional tem ajudado a criar mais emprego
Falando após a reunião de concertação social, que ontem teve lugar em Lisboa, onde foi apresentado o 9º Relatório de Acompanhamento do Acordo sobre a Retribuição Mínima Mensal Garantida, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, depois de referir que esta realidade “contraria as críticas à subida do salário mínimo nacional”, nomeadamente, de que iria “comprimir os outros salários”, lembrou que ao contrário dos anos anteriores estes aumentos não só não provocaram “um aumento da percentagem de trabalhadores a receber o SMN”, como ajudaram mesmo ao crescimento significativo noutros escalões salariais.
Para o ministro Vieira da Silva, ainda que o número de trabalhadores abrangidos pelo salário mínimo nacional “tenha aumentado para cerca de 765 em março”, mais 4,2% face ao período homólogo, a percentagem de trabalhadores abrangido, ainda segundo o titular da pasta do Trabalho, “foi de 22,9% em março deste ano”, ou seja, como acrescentou, “sem alteração face ao mesmo mês de 2017”.
Em relação ao grupo etário dos mais novos, e de acordo com o ministro Vieira da Silva que sustenta a sua opinião no Relatório de Acompanhamento do Acordo sobre a Retribuição Mínima Mensal Garantida, a incidência do salário mínimo nacional nos jovens “fixou-se em 30%, em comparação com os 30,6% registados em março de 2017”.
Já em relação aos trabalhadores entre os 25 e os 29 anos, a incidência do SMN “recuou de 24% em março de 2017 para 23,6% em março deste ano”, enquanto nos adultos, que representam 82% dos trabalhadores com remuneração declarada, se registou um ligeiro aumento, passando de 22,1% para 22,2%.
Segundo o ministro Vieira da Silva, em termos globais, as remunerações declaradas à Segurança Social “tiveram um aumento nominal de 1,9% em março de 2018”, sendo que as trajetórias salariais dos trabalhadores empregados, entre outubro de 2016 e outubro de 2017, “revelam aumentos salariais nominais na ordem dos 4%”, que aumentam para cerca de 8% “no caso dos trabalhadores que mudaram de posto de trabalho”.
Já quanto aos trabalhadores que se mantiveram no mesmo posto de trabalho durante este período, de março de 2017 a março de 2018, a variação salarial aumentou em todos os escalões “com especial incidência nos escalões mais baixos”, revelou ainda o ministro Vieira da Silva, designadamente, como acrescentou, “na ordem dos 6% nos escalões de remuneração mais baixos, entre os 530 e os 600 euros, superiores a 3% nos escalões intermédios, dos 600 aos 1800 euros e com aumentos um pouco mais moderados nos escalões melhor remunerados, acima de 2% no escalão dos 1800 aos 2500 euros e acima de 1% no escalão acima de 2500 euros”.
Finalmente, o ministro Vieira da Silva revelou que o crescimento do emprego “continua a situar-se em mais de 4%” em termos homólogos, “ultrapassando os 10% no segmento dos jovens”.