O Produto Interno Bruto (PIB) português teve um crescimento de 4,9% no segundo trimestre, em relação ao primeiro, e de 15,5% face ao mesmo período do ano passado, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Nós estamos a crescer acima da média da União Europeia, o que significa que estamos a convergir com a União Europeia, que é um desafio que o país tem vindo a prosseguir e há quem diga que isso é que é de facto o caminho principal. Nós estamos de acordo com isso e estes resultados dão-nos alento e esperança para que assim seja”, assinalou o deputado do PS, em declarações à agência Lusa.
Carlos Pereira referiu que o grupo parlamentar do PS “olha para estes resultados do segundo trimestre de crescimento do PIB naturalmente com prudência”, até porque os termos de comparação “são em relação ao primeiro confinamento e ao segundo confinamento”.
Para o deputado socialista, “já é possível, com estes dados, dizer que no primeiro semestre de 2021, o país cresceu 4,2%, o que quer dizer que estamos a crescer bastante e podemos estar, com grande probabilidade, a cumprir aquilo que são as projeções mais positivas e mais otimistas que nós conhecemos, que é o do Banco de Portugal, que aponta para um crescimento de 4,8% da economia portuguesa em 2021”.
O vice-presidente da bancada do PS considerou ainda que “um crescimento de 4,2% no primeiro semestre significa que a economia está a acelerar e pode muito bem cumprir estes resultados”.
“Estes resultados são também bastante positivos porque são consequência das políticas públicas que, no nosso entender, foram adequadas para criar aquilo que nós chamamos desde início uma espécie de bolha protetora da economia portuguesa, que permitia que quando se confinasse, mesmo assim, era possível não travar a fundo a atividade económica e quando desconfinássemos, como aconteceu agora, que a atividade económica pudesse acelerar para recuperar”, salientou.
Carlos Pereira explicou ainda que o facto do crescimento ter sido baseado “no consumo e no investimento privado” permite perceber que “foi muito importante preservar os rendimentos das pessoas, para que elas pudessem consumir como consomem agora, fazendo crescer a economia”, tendo igualmente sido “muito importante criar mecanismos de apoio às empresas para que o investimento privado pudesse contribuir também para o aumento do PIB”.
“Há de facto uma esperança de que, com este resultado, o país consiga obter o que é preciso que é convergir com a União Europeia”, afirmou.