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Atual Estado da Nação é um “estado de esperança”

Atual Estado da Nação é um “estado de esperança”

“Há um partido que está sempre ao lado dos portugueses e há um Governo que tem estado preparado para todas as incidências”, salientou o presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, Eurico Brilhante Dias, que realçou que a vontade de diálogo do PS é “uma marca genética desta maioria absoluta”.

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Eurico Brilhante Dias

O líder parlamentar do Partido Socialista, que comentava o Estado da Nação em declarações à agência Lusa, na semana em que vai ser discutido na Assembleia da República, defendeu que “é um estado de esperança, apesar de todas as dificuldades que vivemos”, com a saída do país de uma pandemia e o início de uma guerra na Europa.

Este ano foi “particularmente positivo em dois indicadores fundamentais”, enumerou o dirigente socialista: o crescimento económico – com “um ano de convergência com a União Europeia, sob a liderança do PS” – e a taxa de desemprego, que continua “em valores muito baixos, mínimos históricos das últimas décadas”.

Referindo-se às críticas da oposição, que consideram que o Estado da Nação é preocupante, Eurico Brilhante Dias asseverou que, “felizmente, os portugueses não vivem nesse país que é relatado dessa forma”.

O presidente da bancada socialista recordou em seguida que, nos últimos meses, “foi possível aprovar e desenvolver um Orçamento que está em vigor há muito pouco tempo” e “avançar com algumas reformas fundamentais”, como a Agenda do Trabalho Digno e a lei das ordens profissionais.

De acordo com Eurico Brilhante Dias, as pessoas sabem que há “um partido que está sempre ao lado dos portugueses e há um Governo que tem estado preparado para todas as incidências e é por isso que confiaram no PS, aliás uma confiança absoluta a 30 de janeiro”, quando o Partido Socialista alcançou a maioria absoluta nas eleições legislativas.

Esta maioria absoluta é uma “maioria cooperante”, garantiu o líder parlamentar do PS, que sublinhou que “tem mostrado grande abertura à iniciativa das oposições”, já que, nos últimos “três meses e meio de votações”, os socialistas só “muito raramente” aprovaram iniciativas sozinhos.

“O PS, com a sua maioria, tem sido um verdadeiro moderador da democracia portuguesa, da democracia parlamentar e, por isso, tem sido uma maioria que, sendo maioria, não é uma maioria isolada no Parlamento, bem pelo contrário”, indicou.

Ora, o “propósito de diálogo” do PS com os restantes partidos com assento parlamentar é “genuíno, é verdadeiro e é uma marca genética desta maioria absoluta”, destacou Eurico Brilhante Dias, que explicou: “Esse processo de reconciliação passa por estarmos sempre disponíveis para ouvir, porque isso melhora as propostas do PS, permite aproveitar (…) aquelas que, no nosso entendimento, são as melhores ideias da oposição e permite transformar este Parlamento num espaço vivo de debate”.

Sobre as prioridades do PS para o mês de setembro, o presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista disse que vai arrancar com o “processo orçamental” e que pretende fechar iniciativas como a da morte medicamente assistida e da reforma da lei das ordens profissionais.

Relativamente às comunidades portuguesas, Eurico Brilhante Dias revelou que o PS quer apresentar um projeto relativo ao sistema eleitoral português, designadamente à “maneira como são eleitos os deputados do círculo da Europa e de Fora da Europa”, uma vez que “aquilo que aconteceu a 30 de janeiro”, que “levou a uma repetição das eleições no círculo da Europa, não pode voltar a repetir-se”.

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