home

As soluções do socialismo democrático para a crise económica

As soluções do socialismo democrático para a crise económica

A crise económica não deve “pôr em crise o papel das políticas mais associadas ao Estado Social” defende um administrador da Fundação Res Publica, que organiza sexta e sábado uma conferência internacional em busca de respostas.

Pedro Marques, membro do conselho de administração da Fundação, salientou que neste momento o “Estado deve continuar a promover uma forte coesão social e a promover uma educação e uma saúde universalistas e uma segurança social pública forte”.
Estes “são alguns exemplos dos pilares de intervenção do Estado que o socialismo democrático acredita que se devem manter”, explicitou o também secretário de Estado da Segurança Social, e em torno dos quais se organiza o debate da conferência “As soluções do socialismo democrático para a Crise Internacional”.
O objectivo do encontro, que junta em Lisboa intervenientes nacionais e internacionais, é, segundo Pedro Marques, debater os “caminhos que permitem perspectivar a saída da crise” e questionar “que saída da crise” se pretende.
“Que tipo de caminho para o crescimento económico, para o emprego, como é que podemos criar e desenvolver sociedades mais equitativas a partir daqui, como é que podemos regular os mercados financeiros e garantir que funcionem e trabalhem em função do suporte ao emprego e à economia e não possam vir a gerar crises da natureza daquela que agora se gerou e se aprofundou novamente”, referiu.
“Numa saída regulada, equilibrada, equitativa e coesa desta crise estará porventura a resposta do socialismo democrático e é isso tudo que vamos debater”, acrescento.
Na conferência, que conta com o Primeiro Ministro no encerramento, participam, entre outros, António Vitorino, Poul Nyrup Rasmussem, do Partido Socialista Europeu, Andreas Schieder, secretário de Estado das Finanças da Áustria, James K. Galbraith, da Lyndon B. Johnson School of Public Affairs, da Universidade do Texas, João Proença, secretário geral da UGT e Helena André, ministra do Trabalho e da Solidariedade Social.