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As propostas do Governo para os jovens têm sido o empobrecimento e a saída do país

As propostas do Governo para os jovens têm sido o empobrecimento e a saída do país

O Secretário Nacional do Partido Socialista, Eurico Brilhante Dias, criticou o apelo do primeiro-ministro aos jovens quando o Governo, nos últimos dois anos e meio, foi o responsável pela saída do país mais de 200 mil portugueses.

Eurico Brilhante Dias sustentou, no final da reunião do Secretariado Nacional do PS, que este Governo adotou um caminho de empobrecimento que levou muitos portugueses a abandonarem o país. “Como é que ao fim de dois anos e meio, depois de ser o recordista da dívida pública, depois de não conseguir atingir nenhum objetivo orçamental, depois de ter mais de 900 mil portugueses no desemprego, depois de insistentemente ter dito que a emigração era uma oportunidade, o primeiro-ministro vem dizer hoje que conta com os jovens para o futuro do país?”, questionou, vincando que, em democracia, “há limites para a dissimulação”.

O Secretário Nacional do PS relembrou que “este é o primeiro-ministro que viu a taxa de desemprego jovem atingir números nunca alcançados”, bem como se trata do primeiro-ministro que recusa as propostas do PS em torno do crescimento e do emprego. “O país tem memória e sabe bem que, nos últimos dois anos e meio, aquilo que o Governo português propôs aos jovens foi o empobrecimento e a saída”.

Quanto à situação dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), Eurico Brilhante Dias assegurou que o Partido Socialista está solidário com os trabalhadores e acompanhará o caso em sede parlamentar. “A solução encontrada pelo Governo – a extinção dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e o despedimento de todos os trabalhadores – não tem garantia de emprego”, frisou, recordando que, há dois anos e meio, os ENVC tinham uma encomenda de dois navios para a Venezuela no valor de 128 milhões de euros.

“Essa encomenda não foi satisfeita em particular porque não havia dinheiro para matérias-primas e outros equipamentos necessários. O dinheiro que não havia para as matérias-primas e para outros equipamentos necessários é agora utilizado para pagar um despedimento coletivo na ordem dos 30 milhões de euros quando o Estado, pela subconcessão, vai receber quatro vezes menos até 2031”, apontou.

Para além destas questões, o Secretariado Nacional do Partido Socialista, que se reuniu este domingo, concentrou-se em preparar a Convenção Novo Rumo, que ambiciona planear o futuro do país até ao final da atual legislatura.