AS Digital regressa a 26 de abril
Até lá, a nossa equipa deseja a todos uma festiva celebração da Liberdade, deixando algumas sugestões para comemorar Abril.
Jardins de São Bento
Os jardins da residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, vão estar abertos ao público, a partir das 14h30m, no dia 25 de abril.
De entre as diversas iniciativas previstas, terá lugar uma homenagem ao poeta e histórico socialista Manuel Alegre, a pretexto dos 50 anos da primeira edição do seu livro “O Canto e as Armas”, com a leitura de poemas, alguns lidos pelo próprio, assim como a leitura de outros poemas alusivos à liberdade por diversas personalidades da cultura e das artes.
Será também inaugurada uma escultura do artista plástico urbano Vhils, invocando os princípios da revolução, trabalho que ficará exposto de modo permanente e que poderá ser visitado gratuitamente todos os domingos.
As festividades contarão ainda, para além de espetáculos de teatro de marionetas e atuações musicais a cargo dos Cant’arte, das Cantadeiras do Redondo e da Banda Móvel, com alguns espaços para a criatividade ligada às artes plásticas, com o projeto Lata 65 e a participação de Vhils.
A iniciativa não ficaria completa sem a projeção de pequenos vídeos sobre “O que é a revolução?”, “O que é a liberdade?” e “O que é a democracia?”, culminando o dia com um concerto interpretado por Jorge Palma, já no final da tarde.
Parlamento de portas abertas
O Palácio de São Bento estará aberto ao público para visitas livres, entre as 15h00 e as 18h00, convidando os cidadãos a conhecer os espaços mais emblemáticos do edifício, incluindo algumas salas de acesso habitualmente reservado, de acordo com um itinerário pré-definido.
O programa deste dia inclui ainda um conjunto de atividades culturais e pedagógicas, celebrando a “Arte que liberta e inclui”, com a colaboração do Chapitô, podendo também ser visitada a exposição “José Afonso – Andarilho, Poeta e cantor”, no átrio principal do edifício.
Abril em Lisboa
No ano em que Lisboa é capital ibero-americana da Cultura, o programa Abril em Lisboa dedica um conjunto de iniciativas à evocação da América Latina, com destaque para a exposição “Operação Condor”, patente no Torreão Poente da Praça do Comércio, um tributo do fotógrafo João Pina à memória das vítimas da aliança político-militar das ditaduras da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.
Na véspera do 25 de Abril, também no Terreiro do Paço, a canção de intervenção é homenageada no concerto Canções para Revoluções, em que artistas como António Zambujo, Lura, Sílvia Perez Cruz e Vitorino, acompanhados pela Orquestra Metropolitana de Lisboa e o coro Lisboa Cantat, interpretam clássicos como o “Coro da Primavera”, de José Afonso, “Cálice”, de Chico Buarque, “Todo Cambia”, de Mercedes Sosa ou “Hasta Siempre”, de Carlos Puebla.
A programação Abril em Lisboa convida ainda a uma reflexão sobre a participação democrática e a abstenção através do Festival Política, que durante dois dias preencherá o Cinema São Jorge com debates, workshops, cinema, conversas e atividades para crianças, juntando politólogos, jornalistas, investigadores, políticos, académicos e artistas.
Mesmo ao lado, será aberta pela primeira vez a sala de projeção privada do edifício da Rank Filmes, onde vários filmes terão sido visionados pela Comissão de Censura aos Espetáculos do Estado Novo, para a exibição do filme “Censura: alguns cortes”, de Manuel Mozos, montado a partir de cortes realizados por censores.
Abril em Lisboa passa também pelo Museu do Aljube – Resistência e Liberdade, que irá acolher a segunda edição dos Dias da Memória, convidando o público a partilhar objetos e testemunhos da revolução, e apresentando uma conversa, um documentário com imagens inéditas, uma exposição e uma visita guiada ao edifício onde funcionou a antiga prisão política.
Estas são apenas algumas das muitas iniciativas, que podem ser consultadas aqui.
Até já e viva a Liberdade!