“A articulação entre a rede rodoviária e ferroviária é fundamental e funciona bem”, defendeu esta segunda-feira o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.
“É evidente que a rodovia, hoje, funciona também como uma infraestrutura que complementa o investimento ferroviário que estamos a fazer”, salientou Pedro Nuno Santos durante a apresentação do plano de investimentos rodoviários que teve lugar na sede das Infraestruturas de Portugal, no Pragal, concelho de Almada.
Na sessão presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, explicou que o Governo decidiu realizar os investimentos na ferrovia através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e os investimentos na rede rodoviária no quadro financeiro plurianual de financiamento comunitário. Esta “foi a forma de otimizarmos o investimento nas duas áreas”, salientou o ministro.
O dirigente socialista referiu que a opção de realizar os investimentos da rodovia através do PRR “implicou uma grande luta por parte do ministro do Planeamento e do senhor Primeiro-Ministro”, visto que, segundo Pedro Nuno Santos, a União Europeia não compreendia esta necessidade.
“O que propomos não é uma expansão significativa da rede rodoviária nacional nem do tráfego”, mas antes “uma melhor gestão da rede rodoviária fechando a malha, retirando veículos das zonas urbanas”, disse o titular da pasta das Infraestruturas.
O plano ontem apresentado prevê investimentos rodoviários no valor de 520 milhões de euros que serão realizados de forma abrangente e estratégica em diferentes regiões do país.
De acordo com o plano apresentado, 313 milhões de euros destinam-se a investimentos em ligações em falta e ao aumento de capacidade da rede, 142 milhões de euros para vias de áreas de acolhimento empresarial e acessibilidades rodoviárias e os restantes 65 milhões para ligações transfronteiriças.