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Arranque do primeiro programa de impacto para a limpeza florestal

Arranque do primeiro programa de impacto para a limpeza florestal

O Governo já abriu as primeiras candidaturas ao Programa Nacional de Fogo Controlado, que prevê a limpeza de 10 mil hectares de floresta através deste método, na janela meteorológica da primavera, representando um investimento na segurança das populações orçado em 1,2 milhões de euros.
Arranque do primeiro programa de impacto para a limpeza florestal

Esta é a primeira fase de candidaturas ao programa e representa “a implementação da primeira grande medida com impacto em espaço florestal da Reforma da Floresta”, explicou o secretário de Estado das Florestas, Miguel Freitas.

“Do ponto de vista simbólico, é muito importante, porque esta é uma daquelas medidas absolutamente inovadoras”, referiu o governante, salientando que “é a primeira vez que o país tem um plano nacional de fogo controlado”, uma prática de gestão de combustíveis florestais que classificou de “boa” e “económica”.

Área prioritária de 50 mil hectares

O programa tem definida uma área prioritária global de cerca de 50 mil hectares a limpar por este método nos próximos dois anos e meio, destinando-se esta primeira fase a zonas não ardidas, com o objetivo de “abrir ou manter rede primária de defesa da floresta contra incêndios”, precisou Miguel Freitas.

O método de fogo controlado é realizado por técnicos credenciados para o efeito, existindo atualmente cerca de uma centena para os cerca de 1500 hectares abrangidos anualmente.

Um número que se reconhece como “insuficiente” para as necessidades presentes, pelo que o Executivo, como garantiu Miguel Freitas, tem “a intenção de qualificar mais técnicos no futuro”.

Este ano será aberto um segundo anúncio de candidaturas, para ser executado durante o outono, acrescentando o secretário de Estado que se pretende “consolidar uma prática em Portugal, que é a prática do fogo controlado, que é um instrumento muito económico de gestão de combustíveis”.

Prática para ficar

O programa de fogo controlado tem como objetivo direto o desenvolvimento de ações de prevenção estrutural duráveis e sustentáveis, promovendo a compartimentação dos espaços e, como objetivo indireto, o reforço do quadro de técnicos credenciados, contribuindo para o uso da técnica de fogo controlado na gestão silvícola e da paisagem.

“Se continuarmos a dar sinais de que isto é uma prática para ficar, no ano de 2019 poderemos ter a área prioritária [cerca de 50 mil hectares] praticamente toda tratada”, afirmou Miguel Freitas.

Podem candidatar-se a esta primeira fase do programa, até 23 de janeiro, as comunidades intermunicipais, as autarquias e os produtores florestais.