Garantindo que avança para mais este desafio na sua vida política com “espírito de firmeza e com os pés na terra”, assumindo que quer liderar um projeto que “respeite e preserve a identidade e autonomia do partido”, José Luís Carneiro lembra que as transformações que defende para a sociedade portuguesa só poderão ser alcançadas com “energia mobilizadora, disponibilidade para o diálogo e capacidade para o compromisso”.
Do que o país precisa, referiu na sua intervenção, não é de “retóricas inúteis ou de voluntarismos inconsequentes”, mas de gente com “espírito de firmeza e com os pés bem assentes na terra”. Dando a este propósito os exemplos de dirigentes socialistas de Coimbra como António Arnaut, António Campos ou Fernando Vale, militantes e dirigentes que, há meio século, como destacou, “começaram a percorrer esta longa caminhada, nunca concluída, de servir os portugueses em nome de uma sociedade mais justa, mais livre e mais igualitária”, e que com a sua luta “prestaram um enorme serviço ao PS e à causa da liberdade”.
Na sede do PS de Coimbra, o dirigente e governante socialista fez questão de referir que se candidata por “um projeto de liderança”, que seja capaz de continuar a seguir a “melhor tradição do PS”, de “respeito e de preservação da sua identidade e autonomia”, e que sempre estará disposto a tomar as “decisões estratégicas” que se impõem.
Esta não é também, “longe disso”, como referiu José Luís Carneiro, uma “candidatura isolacionista”, garantindo que as propostas que apresenta ao país pressupõem um diálogo alargado com todos, capazes de conciliar “dinâmica com estabilidade, clareza de opções com empenhamentos sustentáveis, governabilidade indispensável com condições de participação democrática”, sublinhando acreditar na “vitalidade essencial” do projeto político e programático apresentado pelo PS aos portugueses, um legado que o candidato disse pretender “aprofundar e aperfeiçoar”.
Avançar mais e mais no reforço do Estado social, na gestão de contas públicas certas e numa economia dinâmica, são pressupostos que José Luís Carneiro garantiu fazerem parte integrante do seu programa, salientando que em breve, numa altura em que o país se encontra em vésperas de comemorar os 50 anos do 25 de Abril de 1974, apresentará um “ambicioso programa de reformas pelo rejuvenescimento das instituições democráticas”.
Na sua declaração, o também antigo Secretário-Geral Adjunto do PS fez questão de manifestar a sua “sincera homenagem a António Costa”, referindo a sua total abertura e disponibilidade para com qualquer outro militante do PS que se apresente na corrida à liderança do partido.
Referiu ainda estar “plenamente consciente da grandeza do repto e da magnitude dos problemas com que o país está confrontado”, garantindo que as respostas que tem para dar aos muitos desafios colocados implicam um “sério esforço de concentração e um forte impulso para a mobilização da melhor cooperação entre todos, nos vários sectores sociais e institucionais”.