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Aprendizagens voltam a ser diagnosticadas no final do ano letivo

No final do ano letivo, o Ministério da Educação vai voltar a realizar um estudo de diagnóstico, à imagem das aferições já realizadas em janeiro deste ano, para avaliar os efeitos do ensino à distância nas aprendizagens dos alunos. A revelação foi ontem feita pelo ministro da tutela no Parlamento, na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia.

“Estamos a preparar um outro estudo amostral no final deste ano, a coincidir com o que eram as provas de aferição”, anunciou Tiago Brandão Rodrigues.

Já no início deste ano, durante o mês de janeiro, cerca de 30 mil alunos dos 3º, 6º e 9º anos, em mais de 1.400 escolas de todo o país, tinham realizado testes de diagnóstico para aferir aprendizagens perante os condicionalismos impostos pela pandemia.

O objetivo desses testes, cujos resultados deverão ser conhecidos em breve, foi avaliar os conhecimentos dos estudantes em literacias científicas, matemáticas, leitura e informação, tendo em conta a situação excecional que se viveu durante mais de três meses em que as aulas presenciais foram suspensas e substituídas pelo ensino à distância, situação que voltou a repetir-se a partir de 8 de fevereiro deste ano.

O objetivo, explicou o ministro, é “melhorar o conhecimento do sistema, para que verdadeiramente possamos ter um conjunto de medidas que possam dar uma resposta cabal aquilo que são as perdas das aprendizagens”.

Tiago Brandão Rodrigues considerou que antes de planear o futuro, é preciso conhecer melhor as consequências do passado e do presente, recordando, por outro lado, que já no ano passado foram implementadas medidas nesse sentido.

“Sabemos bem que no ano passado já foram tomadas um conjunto de medidas, sabemos também que este ano queremos fazer mais, fazer melhor, e repetir muitas das medidas que efetivamente acabaram por ser tomadas”, explicou aos deputados.

Vacinação dos profissionais escolares é facultativa e um acréscimo de confiança

O ministro reiterou também, sobre a vacinação dos profissionais de educação, que a mesma é opcional, destinando-se, sobretudo, a trazer um acréscimo de “confiança” a um espaço que se tem provado seguro.

“A difícil decisão de voltar a fechar as escolas, em janeiro deste ano, em nada se deveu a serem espaços de menor segurança ou merecerem menos a nossa confiança”, começou por lembrar, citando o conjunto de medidas decididas pelo Governo para assegurar a segurança sanitária nos estabelecimentos de ensino.

Neste sentido, mesmo considerando a vacinação como “absolutamente central para conseguirmos a imunidade de grupo”, Tiago Brandão Rodrigues disse também que, no contexto educativo específico, esta é uma medida que se soma a muitas outras que garantem a segurança das escolas.