Aposta nas competências digitais é fundamental para a competitividade do país
“Não podemos ter mais dúvidas sobre qual o modelo de desenvolvimento em que temos de trabalhar”, referiu António Costa, defendendo que “o nosso modelo de desenvolvimento tem de assentar em dois fatores fundamentais: qualificação e inovação. Para isso, as competências digitais são fundamentais”.
O líder do Governo socialista apontou que este é o caminho que Portugal deve trilhar para ser competitivo numa era cada vez mais exigente de globalização. “O país só se desenvolve e só vai crescer mesmo a sério quando tivermos efetivamente a capacidade de competir no valor acrescentado, e não apenas no custo. É esse valor acrescentado que nos fará crescer”, sublinhou.
“Como tenho dito várias vezes, esta é a primeira revolução tecnológica para a qual Portugal não parte em desvantagem, nem por carência de recursos naturais, nem por sermos afetados por uma posição geográfica menos vantajosa. Pelo contrário, partimos com duas vantagens competitivas muito importantes: temos o País dotado de uma infraestrutura ímpar de qualidade para suportar esta revolução tecnológica, e temos recursos humanos hoje de grande qualidade”, realçou.
Qualificar e criar oportunidades de emprego
Na sua intervenção, o primeiro-ministro destacou igualmente a importância de potenciar a aprendizagem digital como uma oportunidade de reforço de competências para o mercado de trabalho, investindo a este nível em todos os graus de ensino do sistema educativo e também na formação de adultos.
“Este é um desafio, não só das empresas e da academia, mas do conjunto da sociedade. Se não queremos deixar ninguém para trás e não aceitamos deixar pessoas excluídas de oportunidades futuras, este programa para as competências digitais é decisivo”, realçou.
António Costa referiu também uma outra dimensão, que é um desafio de cidadania: “A democracia só se fortalece com cidadãos ativos e preparados, cada vez mais informados e com maior capacidade de intervir no espaço público, algo para que as competências digitais são fundamentais”.
A iniciativa e.2030, que foi apresentada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, numa cerimónia em que também marcaram presença a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, e o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, tem por objetivo estimular a capacitação e a especialização em tecnologias e aplicações digitais, promovendo a produção de novos conhecimentos nas áreas digitais, definindo ainda medidas específicas para a inclusão, educação, qualificação profissional e investigação científica, num horizonte entre 2017 até 2030.