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Aposta nas competências digitais é decisiva para criar uma sociedade socialmente mais justa

Aposta nas competências digitais é decisiva para criar uma sociedade socialmente mais justa

O primeiro-ministro defendeu num Fórum em Lisboa que o investimento na melhoria das competências digitais dos cidadãos, “de todas as gerações”, como sublinhou, “é absolutamente crítico”, persuadido de que não ter acesso a conhecimentos tecnológicos será em breve “a grande causa de desigualdades sociais”.

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António Costa, Fórum Competências Digitais

Intervindo na abertura do Fórum do ISCTE, em Lisboa, sobre Competências e Literacia Digital, uma iniciativa que está a ser replicada, com o empenho do Governo, em todo o território nacional durante este mês de outubro, o primeiro-ministro, depois de apelar uma vez mais aos portugueses para que recorram sempre e cada vez mais aos meios digitais, sustentou que a pandemia de Covid-19 e os sucessivos confinamentos foram responsáveis por ter havido, nesse período, “um curso intensivo” sobre o digital, provando, como salientou, que se “conseguiu fazer muito mais do que alguma vez se pensava que fosse possível em relação à utilização dos equipamentos digitais”.

A este propósito, o primeiro-ministro e líder socialista chamou a atenção para o facto de não ter sido por acaso que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) definiu como resposta à crise económica e social gerada pela pandemia a “dupla transição climática e digital”, insistindo António Costa que a aposta no investimento nas competências digitais por parte dos governos e dos cidadãos é decisiva, residindo aqui, como defendeu, a diferença entre ser possível ou não avançar na criação de sociedades mais equilibradas e socialmente mais justas.

Trata-se de um repto, como acrescentou, que importa que seja colocado a todas as gerações e não apenas às mais novas, sendo porventura, como acrescentou, o “desafio em que a solidariedade intergeracional é mais difícil de alcançar” e, por isso mesmo, “também aquele em que mais temos de investir para que ninguém fique para trás”.

Olhar de frente os desafios

Para António Costa, se há combates a que Portugal não pode voltar as costas em nenhuma circunstância, é à questão do investimento e a melhoria das competências digitais dos cidadãos. Relembrando que esta é uma revolução industrial para a qual Portugal parte, pela primeira vez, “sem estar numa posição de desvantagem à partida”, o que sucede, como lembrou, porque desta vez não se depende nem de “matéria-prima, nem da sua localização geográfica”, o líder do executivo defendeu que a aposta nas qualificações dos cidadãos é tarefa que “nos cabe por inteiro”.

Insistindo que a transição digital representa um fator decisivo não só para as empresas, mas também para que o Estado se “modernize e simplifique os processos” do seu relacionamento com as pessoas, António Costa apontou, designadamente, a oportunidade de melhor o atendimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou de encontrar, por exemplo, os mecanismos mais adequados que permitam à Segurança Social responder de forma mais rápida e eficaz às múltiplas solicitações dos cidadãos.

Igualdade de género

Também a responsável pela presidência da conferência, a ex-ministra e atual eurodeputada socialista Maria Manuel Leitão Marques, alertou para as questões da desigualdade de género nesta área, reservando à escola um papel preponderante para “combater as dificuldades de acesso às competências digitais”. Em particular no ensino superior, como destacou, onde a ex-governante defende que “todos os cursos” deviam trabalhar as matérias ligadas às competências digitais, avisando para os “milhões de empregos” que neste momento começam a ficar em risco em toda a Europa, precisamente pela “progressiva introdução da digitalização”.

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