Aposta na qualificação e inovação é o motor para o crescimento sustentável

Intervindo no debate quinzenal na Assembleia da República, que teve como pano de fundo a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo (PDE), António Costa sustentou que os bons resultados orçamentais e económicos do país vêm demonstrar que, afinal, era possível reverter a política de empobrecimento coletivo implementada pelo anterior Governo de direita, recuperar os rendimentos dos portugueses e alcançar os objetivos.

“Passou aqui um ano inteiro a dizer que com as reversões que tínhamos adotado não só íamos destruir o que tinham feito como íamos falhar todos os objetivos e vinha aí o cataclismo e até o diabo. Invertemos a vossa política, e em vez do diabo saímos do PDE. Não é o paraíso, mas seguramente não é o inferno”, ripostou o primeiro-ministro, dirigindo-se ao líder da bancada parlamentar do PSD.

António Costa defendeu depois que as reformas essenciais para responder aos bloqueios estruturais da economia portuguesa passam por responder ao desafio das qualificações e pela aposta na inovação, enumerando os eixos do Programa Nacional de Reformas que o Executivo socialista apresentou como estratégia de desenvolvimento para a próxima década, que implicam ainda os programas de valorização do território, a capitalização das empresas, as políticas de recuperação de rendimentos e a reposição dos apoios sociais.

Reformas, contrapôs, que se distinguem das que a direita gostaria de continuar a implementar, promovendo mais alterações à legislação laboral e o aumento da precariedade.

“O nosso modelo de desenvolvimento não passa pelo empobrecimento coletivo, passa por investir em qualificação e inovação como motores do crescimento. Essa é a grande diferença para a política que estamos a seguir. E é por isso que estamos a ter resultados, não só na boa execução orçamental mas sobretudo num crescimento sustentável e estrutural da economia, do investimento e da criação de emprego”, sustentou o líder do Governo.