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“Aposta na energia é vital para o país”

“Aposta na energia é vital para o país”

Na inauguração da Covilis, uma fábrica de espelhos parabólicos para centrais termosolares do grupo Saint-Gobain, na Póvoa de Santa Iria, José Sócrates defendeu que a área da energia é vital para Portugal, por permitir aumentar as exportações e garantir maior autonomia em relação ao exterior.

O primeiro-ministro destacou que a Covilis “é a maior fábrica de espelhos parabólicos para campos termosolares do Mundo,  a mais eficiente e a mais avançada”, que vai permitir aumentar as exportações, uma vez que quase toda a produção se destina aos mercados externos, em particular Espanha, o sul dos Estados Unidos ou o Magrebe, e “contribuir para que possamos ter mais autonomia na área da energia”.

“São estes investimentos que vão fazer a mudança no futuro. Estamos na linha da frente, na vanguarda tecnológica. O mundo não vai aceitar que continuemos na senda do aquecimento global, pondo em risco a segurança ambiental do planeta. Tenho a absoluta certeza que iremos alcançar um acordo mundial para reduzir os gases com efeito de estufa produzindo mais energia com base nas energias renováveis”, sublinhou José Sócrates.

O chefe do Governo lembrou que “o motor da mudança em todo o Mundo é a energia” e “o segredo está em tomar a dianteira e a liderança nessa mudança. Portugal é dos países que mais produz energias renováveis. Criámos no país um cluster industrial que é fundamental para a dinamização da economia”, citando os projectos de produção de painéis fotovoltaicos na Qimonda Solar, o fabrico de aerogeradores e torres eólicas no país e a existência do “maior campo de energia fotovoltaica do Mundo, em Mora”.

Além das questões ambientais, a aposta nas energias renováveis tem como objectivo “libertar Portugal da dependência externa do petróleo: já vivemos três choques petrolíferos e o terceiro foi há bem pouco tempo. Eu não quero que o meu país passe pelo terceiro e fique tudo na mesma”, defendeu Sócrates, que salientou que “a melhor forma para combater o endividamento e a dependência externa é apostar nos recursos energéticos nacionais e com isso aumentar a sua independência face ao exterior”.