Acompanhado pela cabeça de lista do PS por Setúbal, Ana Catarina Mendes, e pelo autarca barreirense, Frederico Rosa, Pedro Nuno Santos foi afirmando, aos muitos populares que o cumprimentaram e saudaram ao longo do percurso, que “ninguém quer voltar para trás” e que no próximo domingo está em jogo uma escolha decisiva.
“Cada nova figura que aparece em cada comício da AD lembra-nos o pior, lembra a todos o pior: aos mais velhos, às mulheres”, referiu.
Questionado pelos jornalistas sobre as declarações de Paulo Portas, a mais recente dessas figuras a aparecer em campanha, Pedro Nuno Santos observou, com ironia, que o antigo líder do CDS não apareceu só ontem, já “está em campanha todos os domingos” no seu programa de comentário televisivo. “A memória que ele deixou aos portugueses não é boa e, portanto, não me preocupa muito o que diz”, completou.
“Eu quero é apelar ao voto dos indecisos no PS para não andarmos para trás, nomeadamente aos mais velhos. Está muito em jogo para os mais velhos e para as mulheres. Eles sabem que podem contar com o PS e sabem que, com o PSD, recuaram sempre. Connosco, avançam”, afirmou, voltando a apelar à concentração do voto no PS “para derrotar a direita”.
O líder do PS fez depois uma paragem obrigatória na Tasca da Galega, para experimentar a tradicional ginja, mas dizendo, com boa disposição, ser ainda prematuro brindar à vitória.
“Nós temos muito respeito pelas eleições e pelo dia 10 de março. Portanto, trabalharemos com muita humildade para convencer o povo português a estar connosco, a fazer a mudança connosco e a não andar para trás”, disse, numa nota mais séria.
PS é “porto seguro” para pensionistas e trabalhadores
Dirigindo-se, depois, às muitas centenas de apoiantes que o acompanharam, Pedro Nuno Santos garantiu que o PS é um “porto seguro” para todos os portugueses, para os pensionistas e os trabalhadores, advertindo para o que estará em jogo nas eleições do próximo domingo.
“A AD não é confiável, nunca foi. Tenho a certeza que ninguém quer voltar a 2015. Ao contrário do que prometem em campanha, fazem depois o contrário. Ao primeiro aperto, logo com a primeira crise, cortam sempre nos mesmos de sempre, nos pensionistas, nos trabalhadores do Estado e nos trabalhadores em geral”, acusou.
O PS é “um porto seguro, porque nós protegemos as pessoas”, contrapôs. “Protegemos os mais velhos. Temos uma relação de confiança com que trabalhou uma vida inteira, com os trabalhadores que menos recebem, continuaremos aumentar o salário mínimo, a garantir os direitos das mulheres”, afirmou o líder socialista.