home

António Vitorino: “PS tem a tarefa de mostrar aos portugueses que a resposta não é o populismo da direita”

António Vitorino: “PS tem a tarefa de mostrar aos portugueses que a resposta não é o populismo da direita”

O antigo governante e comissário europeu, António Vitorino, defendeu este sábado, no Porto, no fórum de discussão do programa eleitoral socialista às legislativas, que é uma tarefa que cabe ao PS demonstrar aos cidadãos que a opção pelo populismo e pelo “protesto do voto pelo protesto” não representa “nenhuma esperança de uma vida melhor”.

Publicado por:

Acção socialista

Ação Socialista

Órgão Nacional de Imprensa

O «Ação Socialista» é o jornal oficial do Partido Socialista, cuja direção responde perante a Comissão Nacional. Criado em 30 de novembro de 1978, ...

Ver mais
António Vitorino, Fórum Portugal Inteiro

Falando como orador convidado na sessão de abertura do Fórum ‘Portugal Inteiro’, após as intervenções de Eduardo Vítor Rodrigues, autarca de Vila Nova de Gaia, e de Alexandra Leitão, coordenadora do programa eleitoral do PS, António Vitorino pautou o seu discurso por palavras de alerta contra o populismo de direita, realçando que o PS tem, “mais uma vez, a responsabilidade histórica de demonstrar que não é a gritaria, o discurso do ódio e o protesto pelo protesto que pode melhorar” a vida dos portugueses.

“É, pois, nossa a tarefa evitar que aqueles que estão desiludidos ou mesmo indignados sejam tentados a entregar-se ao protesto do voto pelo protesto, porque isso representa uma desistência da Democracia e nós não queremos que nenhum português desista da Democracia”, salientou.

O também ex-diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações considerou mesmo que é com “amarga ironia” que, no ano em que se celebram os 50 anos do 25 de Abril, Portugal esteja “confrontado com o desafio e a ameaça que representa para a nossa democracia o populismo radical de direita”.

“Cabe-nos a nós, às forças políticas que acreditam na Democracia pluralista, que respeitam a igual dignidade de todos, que são obreiros da coesão e da solidariedade social, dizer aos eleitores que na Democracia e pela Democracia existem propostas para responder as suas ansiedades, aos seus medos, mas, sobretudo, às suas aspirações”, apontou.

Para António Vitorino, que confessou estar “duplamente de volta a casa” – ao PS e à cidade do Porto, por onde foi eleito deputado à Assembleia da República em 1980 -, os socialistas têm também de demonstrar que sabem “ouvir e entender o grito de alma que um voto de protesto pode representar”.

“Nós não somos insensíveis ao crescimento das desigualdades sociais, que a qualidade dos serviços públicos é essencial para a paz social, tanto em termos de saúde, habitação, educação, à proteção social como na qualidade dos serviços que são prestados aos cidadãos porque só assim se constrói um país com mais justiça social”, considerou.

Na sua intervenção, António Vitorino evocou a memória de antigos secretários-gerais socialistas, para vincar que “este é o PS que se orgulha da sua identidade, de 51 anos de combate pela liberdade e pela Democracia e pelas nossas convicções europeístas, como aprendemos todos com Mário Soares”.

“Este é o PS que esteve sempre na primeira linha da defesa dos direitos humanos, da tolerância do respeito pelo outro, do dialogo entre civilizações, como nos mostrou o Jorge Sampaio. E este é o PS da paixão pela educação, pelas qualificações, pelo apoio aos mais desfavorecidos, de solidariedade e coesão social, o PS da igualdade entre homens e mulheres, como nos mostrou o António Guterres”, lembrou.

E é também o PS, prosseguiu, “do respeito pelos compromissos europeus, defensor das liberdades europeia na resposta à pandemia e na recuperação económica pós-pandemia”, como nos demonstrou António Costa.

Por fim, dirigindo-se ao atual Secretário-Geral, Pedro Nuno Santos, mostrou plena confiança na vitória socialista nas eleições de 10 de março. “Caro Pedro Nuno Santos, este é o teu, o nosso PS, que os portugueses conhecem e sabem que está sempre presente”.

“O PS que há 50 anos afirmava que quanto mais a luta aquece, mais força tem o PS, essa é a forma que te levará à vitoria”, vaticinou António Vitorino, sendo muito aplaudido.

ARTIGOS RELACIONADOS