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António José Seguro: “Temos de ter uma justiça mais rápida”

António José Seguro: “Temos de ter uma justiça mais rápida”

António José Seguro defendeu que a captação de investimento estrangeiro para Portugal passa por uma “justiça mais rápida”, sendo essencial a especialização dos tribunais para ajudar a resolver os litígios.

“Temos de ter uma justiça mais rápida”, apontou o secretário-geral do PS, sublinhando que, se o investidor estrangeiro olhar para o tempo médio que demora a resolução de um litígio em Portugal, “foge rapidamente do nosso país”.

De acordo com o líder socialista, a solução passa ou por “um tribunal dedicado a essas questões”, ou pela criação nos tribunais de secções especializadas “que ajudem a resolver os litígios mais rapidamente”.

António José Seguro participava na Sessão do Parlamento dos Jovens, na Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Vila Nova de Famalicão, que é uma iniciativa da Assembleia da República desenvolvida ao longo do ano letivo com as escolas de todo o país.

O programa termina com a realização anual de duas Sessões Nacionais na Assembleia da República, uma destinada aos alunos do ensino secundário, com o tema “Os Jovens e o emprego: que futuro?”, e a segunda sessão envolvendo os alunos do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, sendo o tema “Ultrapassar a crise”.

Segundo o secretário-geral do PS, a captação de investimento estrangeiro é “fundamental” para relançar a economia nacional, acrescentando que para isso é preciso criar “condições mais favoráveis”.

Deste modo, falou numa justiça mais rápida e defendeu oferecer isenções e/ou redução de impostos, capacidade logística de escoamento da produção e qualificação dos recursos humanos nacionais como forma de convencer os estrangeiros a investir em Portugal.

“A captação de investimento estrangeiro é uma das prioridades essenciais, imediatas e urgentes. É uma das questões vitais para Portugal”, reiterou.

António José Seguro admitiu que “não há uma varinha mágica” para tirar Portugal da crise, mas sustentou que a solução terá de passar “não pela via da austeridade, mas pelo crescimento económico”.

O líder socialista mostrou-se preocupado com o rumo que a Europa está a seguir, afirmando que os líderes europeus, ao preocuparem-se apenas com a resolução dos problemas dos seus países, estão a deixar “morrer a chama do ideal europeu”.

“Tenho muito receio de nacionalismos”, revelou, alertando que “podem surgir governos autoritários”.