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António José Seguro reúne com Presidente da Comissão Europeia

António José Seguro reúne com Presidente da Comissão Europeia

seg_barrO secretário-geral do PS, António José Seguro, lamentou ontem em Bruxelas que o primeiro-ministro português não tenha uma “participação mais ativa na preparação dos Conselhos Europeus”, até como contraponto às posições impostas pela Alemanha. “Eu gostaria que o primeiro-ministro de Portugal tivesse uma participação mais ativa na preparação dos conselhos europeus e considero que durante esta semana o primeiro-ministro português bem poderia ter feito um périplo europeu”, disse o líder do PS, depois de um encontro com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.

De acordo com Seguro, Passos Coelho deveria ter realizado “um conjunto de contactos com os seus parceiros europeus, os principais, para que de facto pudesse também haver um contraponto àquilo que é a visão da chancelerina Angela Merkel.Eu acho que existe um demasiado enfeudamento em relação àquilo que é a posição e a estratégia alemã em relação à Europa”, declarou.

Tal como já o fizera em Paris, António José Seguro foi particularmente crítico em relação à forma como um “diretório, que é conduzido pela chancelerina Merkel”, tem determinado as respostas da União Europeia à crise, desrespeitando o método comunitário. Reconhecendo “os esforços que o presidente da Comissão está a fazer” para que, por exemplo, o Conselho do próximo domingo seja um sucesso, Seguro sustentou que no entanto há uma “ausência de liderança política na UE mas isso tem muito a ver com a forma como os Estados se comportam”, e designadamente a Alemanha. “Eu considero que neste momento há uma responsabilidade muito grande da chancelerina Merkel, porque de alguma forma ela determina o que se passa na UE e, dessa forma, há uma captura das principais instituições europeias”, criticou. Além das questões de atualidade europeia, Seguro disse ter conversado com Durão Barroso sobre a situação portuguesa, tendo aproveitado a ocasião para lhe transmitir uma das ideias que já apresentou ao Governo português, na Assembleia da República, com vista ao financiamento das pequenas e médias empresas.

“Uma das minhas propostas por que me tenho batido passa precisamente por o Governo português negociar junto do Banco Europeu de Investimentos um fundo de 5 mil milhões de euros que possa ser destinado exclusivamente a apoiar as PME em Portugal, que neste momento têm problemas com liquidez, porque têm dificuldades no acesso ao crédito, mas continuam a ter carteiras e continuam a ter negócios”, disse.