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António José Seguro quer saber que fará o Governo com 4 mil ME adicionais

António José Seguro quer saber que fará o Governo com 4 mil ME adicionais

António José Seguro acusou o primeiro-ministro de nada ter esclarecido sobre como Portugal utilizará quatro mil milhões adicionais por via do memorando.

“Ficámos a saber que Portugal vai beneficiar de mais dinheiro, cerca de quatro mil milhões de euros, e eu quero saber como vai cortar esses quatro mil milhões de euros”, referiu.

O secretário-geral do PS confrontou, também, Pedro Passos Coelho com o facto de o Banco de Portugal ter previsto para 2013 uma contração da economia de quase o dobro superior às estimativas do Governo.

Não tendo o primeiro-ministro respondido a estes dois pontos, António José Seguro concluiu: “Ficou claro que o senhor não tem resposta para as perguntas que lhe dirigi”.

Na sua intervenção na Assembleia da República, além de ter apresentado gráficos sobre a trajetória descendente das exportações nacionais, o secretário-geral do PS também atacou politicamente as opções do Governo, dizendo que o primeiro-ministro tinha como objetivo cimeiro o regresso aos mercados, em vez de colocar como prioridade o combate “à chaga do desemprego”.

O líder socialista atacou, mais uma vez, Passos Coelho, afirmando que “demagogia, impreparação, irresponsabilidade e incompetência pertencem ao senhor [primeiro-ministro], porque prometeu não cortar salários, nem despedir pessoas, mas faltou à verdade, o que significa que está romper o contrato de confiança com os portugueses”.

António José Seguro observou, ainda, que Passos não foi colocado nas funções de primeiro-ministro “por decreto real, mas pelos portugueses”.
“O senhor não tem mandato nem legitimidade política para aplicar as propostas que constam do relatório do Fundo Monetário Internacional”, asseverou.

O secretário-geral do PS manifestou-se, depois, disponível para debater a reforma do Estado – “convido-o já para amanhã”-, mas não o corte de quatro mil milhões de euros, e acusou o primeiro-ministro de ter “destruído o consenso social”, inclusivamente “atacando o Presidente da República”.

António José Seguro sustentou que o PS nunca fará disputa política em torno do regresso aos mercados, “porque esse é um objetivo nacional”.