António José Seguro quer recuperar a Câmara do Porto

O Secretário-geral do PS, António José Seguro, assumiu como objectivo que os socialistas vençam as eleições autárquicas de 2013

para a Câmara do Porto e assim voltem a governar a cidade, pondo fim a mais de uma década de gestão da coligação PSD/CDS-PP.

Falando durante o jantar de Reis da Concelhia do Porto, que reuniu cerca de 600 militantes na Alfândega, Seguro fez questão de frisar que estará, “de outra em diante, junto dos socialistas do Porto na sua luta, com um objectivo: voltarmos a governar esta cidade, voltarmos a governar o concelho do Porto”.

E acrescentou: “O Porto precisa do PS e o PS, por seu turno, para governar o Porto, precisa dos socialistas, mas também de mulheres e de homens independentes que se têm reunido e que vão continuar a reunir-se em volta do PS, porque acreditam que é o partido que tem o melhor projecto para governar este concelho”.

Por outro lado, na sua intervenção, Seguro criticou a ausência de propostas do Governo em relação ao desemprego, que atingiu os níveis maias elevados de sempre.

“Hoje houve um debate quinzenal na Assembleia da República. Sabem quantas vezes o primeiro-ministro se referiu aos desempregados? Zero. Este é o Governo que não fala para os desempregados, que não fala da necessidade de promover o emprego. Este é o Governo que tem zero propostas para as políticas activas de emprego e para combater o desemprego no nosso país”, acusou.

O líder do PS insistiu em recusar que a receita para Portugal vencer a crise seja o empobrecimento e voltou a acusar o Governo de estar “apaixonado” pela austeridade.

“O Governo olha para os mercados, faz tudo pelos mercados, nada contra os mercados. Pois bem, os mercados são importantes numa economia, mas é fundamental que essa economia esteja ao serviço das pessoas e em particular das que mais necessitam da criação dessa mesma riqueza”.

Embora considere que na actual conjuntura tenha de haver medidas de contenção que originam alguma austeridade, Seguro condenou a estratégia seguida pelo Executivo da direita que “olha apenas para a austeridade como a solução para os nossos problemas, porque acreditam convictamente que é através de medidas de austeridade que mais cedo ou mais tarde o país pode recuperar o seu rumo de crescimento”.