António José Seguro garante que salário igual para homens e mulheres será prioridade do …
António José Seguro assumiu este sábado, no jantar que assinalou o Dia Internacional da Mulher, em Paços de Ferreira, o compromisso de que o PS, quando voltar a ser Governo, vai dar prioridade ao combate à desigualdade salarial entre homens e mulheres.
“Não se trata de um favor às mulheres. É uma condição de dignidade de uma nação e de um povo”, sublinhou o Secretário-geral do PS, lembrando que, enquanto no resto da Europa a desigualdade salarial diminuiu nos últimos anos, em Portugal tem aumentado. Em 2011, a diferença era de 12,5%. Em 2012, passou para 15%.
“As mulheres não podem ser prejudicadas no seu salário. Não tem sentido. É uma injustiça e algo que nos deve envergonhar”, vincou.
António José Seguro recordou que foi graças ao PS que as mulheres portuguesas deixaram de praticar interrupções voluntárias da gravidez em condições desumanas .
“De cada vez que o PS esteve no Governo, a luta pela igualdade avançou”, disse, acrescentando que este Governo PSD/CDS, pelo contrário, está a fazer regredir a sociedade portuguesa. E deu como exemplo a negociação entre o Governo e a Troika para a redução da indemnização por despedimentos ilegais, situação que é “um violento ataque aos trabalhadores”.
“O PS não permitirá”, avisou, frisando que aquela medida acentuaria as desigualdades sociais no país.
O secretário-geral do PS disse, por outro lado, que cada português terá, no dia 25 de maio, nas eleições europeias, uma oportunidade para iniciar a mudança.
“Eu preciso de cada uma de vós para fazermos a mudança na Europa e em Portugal. Cada português tem no seu voto, no dia 25 de maio, a oportunidade de começar a tirá-los de lá”, declarou, numa alusão indireta ao governo do PSD.
Para o líder do PS, Portugal não pode ser “subserviente” na Europa.
No jantar em Paços de Ferreira, que contou com cerca de 600 mulheres, esteve também presente o cabeça de lista do PS às eleições europeias, Francisco Assis.
Assis defendeu que as eleições não serão “uma espécie de primeira volta” das legislativas, mas serão “importantes por si próprias”.
“Uma grande vitória, como eu desejo, vai contribuir decisivamente para uma vitória do PS nas próximas eleições legislativas, para que haja uma nova maioria e para que o nosso secretário-geral seja o próximo primeiro ministro de Portugal”, afirmou.