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António José Seguro exige presença de “responsáveis políticos” na próxima avaliação …

António José Seguro exige presença de “responsáveis políticos” na próxima avaliação …

António José Seguro enviou uma carta à troika, solicitando que na 7.ª avaliação do programa de resgate, a arrancar em breve, sejam enviados a Portugal “responsáveis políticos”.

“A próxima avaliação é crucial para a vida dos portugueses. Exige-se que seja uma avaliação política tendo em conta a grave situação económica e social. A Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional devem enviar a Portugal responsáveis políticos com capacidade de decisão”, escreve.

O secretário-geral do PS enviou, também, uma carta ao primeiro-ministro, onde informa Pedro Passos Coelho dos alertas dados à troika e reitera que “a austeridade está a agravar os problemas do país e a conduzir a uma situação social insustentável”.

Para o líder socialista, a situação económica e social em Portugal “agravou-se fortemente”, resultado da “política da austeridade do custe o que custar”.

“Mais desemprego, menos economia, mais falências e insolvências, mais pobreza, mais emigração de portugueses qualificados, em particular os jovens. Este é o retrato trágico da política da austeridade do custe o que custar”, alerta.

“Os portugueses não aguentam mais! Estamos à beira de uma tragédia social. Chegou o momento de dizer basta!”, adverte, afirmando que “não está em causa, como nunca esteve”, o cumprimento das obrigações externas de Portugal.

“Honramos os nossos compromissos e queremos cumpri-los”, sublinha.

O que está em causa, assegura, “é a política escolhida, a da austeridade expansionista, que não atinge os objetivos a que se propôs e está a criar problemas sociais e económicos de uma enorme gravidade”.
“A avaliação politica que propomos deve desenhar uma estratégia credível de consolidação das contas públicas, dando prioridade ao crescimento económico e à criação de emprego. Já não é só uma opção ideológica, como o PS tem defendido, trata-se de realismo. É uma obrigação moral, olharem para a situação de Portugal e terem, Governo e a troika, a humildade de reconhecerem que a vossa receita falhou”, escreve.

António José Seguro reitera, também, a necessidade de Portugal ter mais tempo “para a consolidação das contas públicas, para o pagamento da dívida, de juros mais baixos e de um adiamento do pagamento de juros” aos credores.

Leia aqui a carta