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António José Seguro desafia Passos Coelho e dizer quais os cortes que se prepara para fazer

António José Seguro desafia Passos Coelho e dizer quais os cortes que se prepara para fazer

António José Seguro desafiou o primeiro-ministro a dizer, no congresso do PSD, quais os cortes definitivos que se prepara para fazer e acusou o Governo de ter um problema com a verdade.
“O primeiro-ministro tem a oportunidade de, no congresso, explicar aos portugueses porque é que o país está tão bem e ele precisa de aplicar mais cortes. Tem dois dias para dizer com clareza quais são os cortes que ele considera que são definitivos para que nós tenhamos um debate na sociedade portuguesa e ele parar de enganar os portugueses”, disse o Secretário-geral do PS este sábado, em Guimarães, no encerramento de uma das 19 conferências “Um Novo Rumo Para Portugal” que decorrem durante o fim-de-semana em todo o país
 
António José Seguro disse ainda não ser “admissível” que o Governo diga que o país “está melhor” quando as pessoas “vivem mal e passam sacrifícios”.  Mas, sublinhou, “não tinha que ser assim”, apenas o é por “opção ideológica” do primeiro-ministro.
 
“Temos o Governo mais liberal da história da democracia e a receita liberal deste Governo conduziu a mais pobreza, mais emigração e mais desigualdades”, acusou o líder do PS, acrescentando que este Governo tem um problema com a verdade e quer esconder dos portugueses mais um brutal corte, “para os iludir e apanhar o voto nas eleições europeias”.
“Não tem sentido nenhum que em democracia tenhamos um Governo cuja matriz seja enganar os portugueses”, alertou António José Seguro, que acusou ainda o atual Governo de ter posto Portugal pior do que estava.
“Não é possível nem admissível termos um Governo que diz que o país está melhor, mas as pessoas não. Para nós o país são as pessoas. As pessoas vivem mal, passam sacrifícios e quando as pessoas estão pior o país não pode estar melhor”.
António José Seguro lembrou que “há uma alternativa”, a do PS, e que esta alternativa “não é de despesismo” como tem sido apontado pelos partidos da direita.
“É uma alternativa de equilíbrio, contenção, através de limitação da despesa, de desenvolvimento baseado numa economia do conhecimento, amiga do ambiente e que beneficie das novas tecnologias”, apontou.