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António José Seguro considera o aumento do IVA para a restauração e turismo como "um …

António José Seguro considera o aumento do IVA para a restauração e turismo como "um …

O secretário-geral do PS classificou hoje o aumento do IVA para a restauração e setor do turismo como “um disparate”, apontando a situação como um exemplo de austeridade “estúpida” e do “custe o que custar”.

“Este foi um erro que o Governo cometeu. O aumento do IVA foi um disparate”, afirmou o secretário-geral socialista, António José Seguro, em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com uma delegação da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

Prometendo estar ao lado dos trabalhadores e dos donos de restaurantes e de unidades hoteleiras que “fazem contas à vida e não conseguem arranjar dinheiro para pagar aquilo que são as suas responsabilidades”, António José Seguro considerou o aumento do IVA para este setor como “um erro” e um “disparate”, apontando o caso como um “exemplo de austeridade do custe o que custar”.

“Uma austeridade – desculpem a expressão – uma austeridade estúpida, porque o que nós precisamos é conciliar o emprego e o crescimento económico com uma austeridade inteligente, que não deite fora aquilo que são ainda atividades que conseguem garantir níveis de emprego como é a restauração”, realçou.

Ao contrário do que o Governo previa, o Estado não irá arrecadar mais receita, porque a atividade do sector da restauração e do turismo abrandou, afirmou Seguro.

Relativamente à reunião com a AHRESP, António José Seguro disse ter-se tratado um encontro importante em que teve oportunidade de constatar aquilo que já se previa acontecer, num “dia de muita aflição” para proprietários de restaurantes e de unidades turísticas, na medida em que é a data limite para o pagamento do IVA.

“Houve um aumento de 77 por cento do IVA, há muitos empresários que tiveram dificuldades e não sei se todos conseguiram pagar hoje esse IVA”, disse, lembrando que o PS “lutou muito” para evitar a subida do IVA por considerar que face à quebra da economia “era fundamental manter alguma competitividade” nos restaurantes que geram postos de trabalho.

António José Seguro assinalou ainda o facto de muitos restaurantes estarem a fechar, revelando que a AHRESP estima que este ano haverá 23 mil novos desempregados no setor.