home

António José Seguro apelou ao alargamento do abono de família extraordinário e reiterou o …

António José Seguro apelou ao alargamento do abono de família extraordinário e reiterou o …

António José Seguro apelou ao Governo para alargar às famílias dos segundo e terceiro escalões o abono de família extraordinário atribuído, este mês, a agregados familiares pertencentes ao primeiro escalão.

“Este é um apelo que deixo ao Governo, para que possa fazer este alargamento neste mês de setembro”, disse. Segundo Seguro, este alargamento representa 11 milhões de euros, os quais iriam “ajudar cerca de 390 mil famílias”. “Estamos a falar de famílias que têm, no conjunto do seu rendimento, montantes inferiores a 500 euros ou a 700 ou 800 euros e para quem 25 euros ou 30 euros a mais neste mês significaria uma ajuda, por exemplo, na compra dos manuais escolares ou para fazer face a algumas das imensas dificuldades”. Este apelo foi feito em Estremoz, onde o líder socialista visitou uma família que atravessa tempos difíceis, constituída por um casal desempregado e com dois filhos em idade escolar.

O secretário-geral do PS, António José Seguro, disse também esta segunda-feira em Estremoz que um Orçamento do Estado (OE) “com cortes nunca terá o voto” favorável dos socialistas e desafiou o primeiro-ministro a “ouvir o apelo” que lhe fazem os portugueses, afirmando que o   Governo “não terá a colaboração” dos socialistas para mais cortes, quer no que se refere ao próximo OE quer nas futuras negociações com a troika.

O líder socialista é contra os cortes que o Governo se prepara para fazer, no valor de mais de 4 mil milhões de euros e diz que “se o PSD quiser consenso pode votar as propostas já feitas pelo PS”.  Para Seguro, “o primeiro-ministro tem que ouvir os portugueses e mudar de caminho”.

“Já tive oportunidade de dizer ao primeiro-ministro, não é de agora, que é necessário que abandone a política de cortes. Se persiste, naturalmente que não tem a colaboração do PS”, afirmou Seguro.

Para o líder socialista, o apelo que neste momento faz sentido é aquele que os portugueses fazem para que o Governo “não faça cortes nas pensões, nas reformas, na educação pública e na saúde”. Esse é “o grande apelo que o país faz”, mas, “pelos vistos, o primeiro-ministro é insensível” ao mesmo, argumentou Seguro. “O primeiro-ministro que venha conhecer a realidade do país, as famílias, os empresários e os comerciantes que passam dificuldades”.