António Guterres aceita “com grande honra” candidatura apresentada pelo Governo português
O antigo primeiro-ministro reconheceu que se trata de uma candidatura que “não é fácil”, mas que se impõe como uma “obrigação” de serviço público, procurando colocar a sua experiência acumulada ao serviço das causas mais nobres.
“Tudo o que aprendi ao longo da vida, em todas as enormes oportunidades que me foram oferecidas, me cria a obrigação de estar disponível, numa lógica que sempre foi de serviço público e num mundo em situação muito difícil, de pôr a render essas experiências e capacidades ao serviço das causas mais nobres, que são a paz, direitos humanos, causas humanitárias e sustentabilidade do planeta”, afirmou o ex-alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados.
António Guterres realçou que teve o “enorme privilégio” de acumular, ao longo dos anos, um conjunto de experiências, na vida política e partidária nacional, onde exerceu o cargo de primeiro-ministro do país, até à experiência do mandato que exerceu nos últimos 10 anos, de alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados.
“Tive esta extraordinária oportunidade de trabalhar dez anos no apoio aos refugiados, algo que me abriu as portas a tudo quanto é vital nas relações internacionais”, salientou.
A candidatura de António Guterres ao cargo de secretário-geral das Nações Unidas foi anunciada na passada semana pelo Governo português, que a descreveu como “um imperativo”, destacando a forma exemplar como o antigo primeiro-ministro exerceu altos cargos internacionais e considerando-o como a personalidade que reúne as melhores condições para o exercício do mandato.