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António Costa valoriza em Londres contribuição da diáspora qualificada para economia do país

António Costa valoriza em Londres contribuição da diáspora qualificada para economia do país

António Costa

A contribuição da diáspora portuguesa para a economia do país foi valorizada, em Londres pelo primeiro-ministro, António Costa, que elegeu, porém, como prioridade empregar a mão de obra qualificada que está atualmente em Portugal.

Numa intervenção num jantar do Centro Português de Estudos – um grupo de profissionais portugueses sobretudo ligados ao setor da finança em Londres -, onde falou da oportunidade oferecida pelo Brexit para atrair investimento para Portugal, Costa falou na “rede absolutamente extraordinária” que representam os cinco milhões de portugueses e lusodescendentes pelo mundo.

“É não só uma rede de conhecimento dos mercados importante para as nossas exportações, como são prescritores de investimento em Portugal e muitos são empresários ou gestores de grandes empresas que podem tomar decisões que são relevantes para o país”, referiu António Costa.

Todavia, também reconheceu que uma parte desta diáspora saiu de Portugal durante um período em que o ritmo ao qual foi formada uma “nova geração altamente qualificada” não foi acompanhado pelo desenvolvimento do tecido empresarial no sentido de absorver esses profissionais.

“O grande esforço, que é prioritário fazer nos próximos anos, é fazer o encontro entre a enorme disponibilidade de recursos humanos que o país hoje tem e a procura de recursos humanos que o tecido empresarial está a fazer”, acrescentou.

António Costa saudou o investimento de muitas empresas estrangeiras em Portugal, incluindo britânicas, atraídas pela qualidade dos recursos humanos existentes em Portugal.

Aos que saíram do país, reiterou a abertura para o seu regresso a Portugal, mas avisou que poderão não encontrar as mesmas condições a nível profissional.

“É evidente que há uma enorme disparidade entre aquilo que é o nível remuneratório que é praticado em Portugal e o praticado noutros locais. Mas o nível de vida é também significativamente diferente em Portugal do que é, por exemplo, aqui em Londres”, comentou.