António Costa saúda início de funções de Francisco Assis
“No dia em que toma posse como presidente do CES, desejo ao doutor Francisco Assis as maiores felicidades. Prosseguiremos com o CES a relação de fértil cooperação institucional, como tem sido e, mais ainda, perante os enormes desafios do atual contexto”, refere a mensagem de António Costa.
O primeiro-ministro deixou também uma mensagem dirigida ao ex-presidente do CES, António Correia de Campos, dirigindo-lhe o seu “agradecimento e reconhecimento pelo trabalho desenvolvido ao longo do último mandato neste importante órgão constitucional”.
Francisco Assis foi hoje empossado no cargo pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, durante uma breve cerimónia que decorreu no Salão Nobre do Parlamento, após ter sido eleito pelos deputados na sexta-feira passada, com uma maioria superior a dois terços dos votos.
Convergências em tempo de crise e incerteza
No seu primeiro discurso como presidente do CES, Francisco Assis fez “um apelo a uma disponibilidade especial para a promoção de alguns entendimentos, de alguns consensos e de uma grande concertação” neste “momento de crise e de incerteza”.
“Estou certo de que há disponibilidade para isso. O apelo ao consenso não é o apelo a um país anestesiado, não é o apelo a um país que fique subitamente reconciliado em torno de qualquer tipo de pensamento único. Mas é justamente o apelo a que, na nossa diversidade, saibamos, pelo menos, falar uns com os outros”, afirmou o novo presidente do CES.
“Trata-se de prosseguir aquilo que de bem feito o CES tem vindo a fazer, no sentido, justamente, de promover o consenso, de promover a concertação, de promover o diálogo entre os diferentes segmentos da sociedade civil portuguesa, tendo sempre presentes duas questões fundamentais: o crescimento da nossa economia e a salvaguarda da paz social”, acrescentou.
O novo presidente do CES afirmou, também, que “é uma enorme responsabilidade” suceder a Correia de Campos, que descreveu como uma personalidade que se destacou “pela sua inteligência, pela sua competência, pelo seu grande profissionalismo” e que “desempenhou sempre de forma brilhante” os cargos pelos quais passou.
Antes, numa curta intervenção, Eduardo Ferro Rodrigues referiu que Francisco Assis assume estas funções “em tempos de incerteza”, devido à pandemia de Covid-19, o que configura “um novo desafio de características desconhecidas e imprevisíveis” e que acontece quando Portugal “superava com sucesso a grave crise económica e financeira que tinha vivido”.
“Como na situação anterior, esta adversidade só vai ser ultrapassada num empenho coletivo, se houver convergências, não só de ordem política interinstitucional, mas também de âmbito económico e social”, considerou o presidente da Assembleia da República, manifestando-se convicto de que “o CES terá, uma vez mais, papel relevante a desempenhar” enquanto “espaço, por excelência, da concertação social”.
Mostrando-se “convicto de que Francisco Assis reúne as características indispensáveis” para presidir ao CES, Ferro Rodrigues enalteceu a sua “longa e distinta carreira dedicada à causa pública, como autarca, deputado à Assembleia da República em diversas legislaturas, deputado ao Parlamento Europeu e também professor”, deixando ainda uma palavra para presidente cessante, Correia de Campos, a quem agradeceu “inestimável serviço prestado à frente deste órgão, e pela forma exemplar como decorreu o relacionamento institucional entre a Assembleia da República e o CES”.