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António Costa recusa bloco central e diz que não aproveitará sondagens para abrir crise

António Costa recusa bloco central e diz que não aproveitará sondagens para abrir crise

O Secretário-geral, António Costa, abriu a reunião da Comissão Nacional garantindo que “connosco não haverá bloco central”, até porque “não foi o PS que votou ao lado do PSD no orçamento”. Esta intervenção foi proferida na reunião da Comissão Nacional, que decorreu no Centro da Esquerda, em Lisboa, e que fixou a data das eleições internas e dos congressos federativos.

“Uns estão à espera que a crise nos desgaste para a seguir às autárquicas poderem pôr em causa a estabilidade. Outros vão nos deixando sozinhos para depois nos acusarem de governar à direta. Meu eu queria que não houvesse nenhum equívoco em relação aquilo que o PS pensa sobre as condições de governabilidade do país: o PS não vai em boas sondagens para precipitar uma crise política, não temos medo de assumir as nossas responsabilidades e governar Portugal”, assegurou António Costa.

Costa afirma que não vai alinhar nos “joguinhos políticos” que se estão a praticar “à esquerda e à direita”, nem sequer se vai aproveitar de “boas sondagens” para “precipitar uma crise política”.  “Já percebemos que à esquerda e à direita todos se preparam para começar com joguinhos políticos, mas eles caem no erro de confundir a bolha política com o que é o país real”, acrescentou.

A propósito do combate à pandemia convid-19, António Costa afirmou que a guerra não está ganha.  “Mas convém estarmos bem cientes de que a guerra não está ganha. A pandemia continua a ser uma ameaça e um risco. Isso significa que este não é o momento nem para calculismos políticos nem para taticismos, mas para estarmos cem por cento naquilo que é controlo da pandemia, na capacidade de resposta à proteção do emprego e rendimentos das famílias e preparar a recuperação económica e social do país”, assegurou.

António Costa afirmou que na sede do Conselho Europeu “há vários países que resistem a que seja rapidamente aprovada a proposta da comissão Europeia”, para o plano de recuperação económica, garantindo que no próximo mês será feito “um enorme esforço para que não se desperdice a oportunidade de ainda em julho ser aprovado não só o próximo quadro financeiro purianual, mas também o plano de recuperação proposto pela Comissão Europeia”.

O secretário-geral considerou também que esta não é apenas uma necessidade dos países do Sul da Europa, mas “uma necessidade de todos os países da União Europeia”, porque quando se vive “num mercado único (…) todos somos essenciais para que essa recuperação possa existir. Esta é mesmo uma daquelas situações onde não há dois caminhos. Ou saímos todos juntos da crise ou ninguém vai sair da crise, portanto, esta é uma batalha na qual nos temos de empenhar e que temos de ganhar”, garantiu.