O primeiro-ministro falava à margem de uma visita que fez esta manhã a uma escola em Rio Maior, no distrito de Santarém, onde participou nas comemorações do centenário do nascimento do escritor José Saramago, anunciando que, perante o agravamento do número de infetados pelo novo coronavírus no país, o Governo convocou já para esta sexta-feira uma reunião com os especialistas no Infarmed, assumindo ser esta “uma boa altura” para prevenir e enfrentar o problema, tanto mais que o Natal, como lembrou, está aí à porta, sendo uma época em que “muitos dos nossos compatriotas, que vivem em países onde a taxa de vacinação é muito inferior à nossa”, regressam em número significativo ao convívio das suas famílias em Portugal.
Perante este cenário, o primeiro-ministro voltou a apelar à população com mais de 65 anos para que adira em força à terceira dose, garantindo que a partir de agora os centros de saúde vão começar a contactar, “uma a uma”, as pessoas que ainda não se vacinaram com a terceira dose da vacina contra a Covid-19, deixando também a garantia de que o Governo não hesitará em “impor todas as medidas” que se julgue necessárias “para proteger a saúde e a vida dos portugueses”.
Descartando a priori a necessidade de um novo estado de emergência por causa da atual evolução do número de infetados pelo novo coronavírus, o primeiro-ministro não deixou, contudo, de manifestar “preocupação” pelo desenvolvimento da situação epidemiológica, garantindo que, apesar da dissolução do parlamento, o Governo “não hesitará em adotar todas as medidas” que julgue necessárias para conter a pandemia de Covid-19, tendo já convocado os especialistas para uma reunião no Infarmed para, a partir daí, se poder “avaliar a situação e ver quais os riscos efetivos que existem”.
De acordo com António Costa, só depois de reunidas todas as informações é que será possível ao Governo adotar as medidas mais adequadas para evitar o agravamento da situação, não deixando de manter, contudo, como salientou, o “respeito pela regra de perturbar o mínimo possível a vida das pessoas”.