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António Costa realça “bons indicadores” para a economia portuguesa em 2023

António Costa realça “bons indicadores” para a economia portuguesa em 2023

Todos os indicadores apontam para que a economia portuguesa, em 2023, se situe “bem longe do pesadelo” de uma recessão, afirmando o primeiro-ministro que já se assiste a “uma trajetória de desaceleração da inflação”.

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A expetativa do Governo, segundo António Costa, que falava em Lisboa no final de uma sessão dedicada ao programa da digitalização da Segurança Social, integrado no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), é que em 2023 haja uma “evolução positiva” da economia portuguesa também em resultado da “atual trajetória de desaceleração da inflação”, mas também da contribuição da “envolvente externa”, dando como certo que a evolução da economia europeia possa igualmente ajudar a alcançar os bons resultados agora esperados, sendo disto um exemplo a notícia de que a Alemanha “não estará em recessão este ano”.

Depois de assinalar que a economia portuguesa foi, em 2022, apesar da “tensão inflacionista”, a segunda que mais cresceu na Europa e a que apresentou níveis “mínimos históricos” de desemprego, António Costa foi claro ao referir que os indicadores, não apontando que 2023 “seja o nosso ano de sonho”, não deixam, contudo, de mostrar que também “não vai ser um ano de pesadelo”.

Perante o cenário, ao que tudo indica, de que não haverá um agravamento da inflação, sendo aliás esperada uma desaceleração, disse ainda o primeiro-ministro, é legítimo acreditar, insistiu, que esta seja também uma “boa notícia para a Segurança Social”, lembrando que um dos seus sucessos tem residido na sua “capacidade de responder às famílias e às empresas”, e que os elevados níveis de emprego e a melhoria dos rendimentos têm contribuído, de forma eficaz, para o “crescimento sustentado das receitas”.

Governo espera boa-fé negocial com os sindicatos dos professores

Quanto ao diálogo que o Governo quer continuar a manter com os sindicatos dos professores, o primeiro-ministro fez questão de referir que o “Governo é só um e é uma equipa”, alertando que o ministro da Educação, João Costa, vai negociar com os sindicatos dos professores “em nome de todo o Governo”, deixando a garantia de que o executivo tem propostas concretas e que se “houver boa-fé dos sindicatos há todas as condições para se avançar”.

António Costa adiantou que havendo, como se espera, boa-fé nas negociações, o que se vai alcançar, desde logo, é avançar na concretização de dois objetivos inscritos no programa do Governo, que passam por acabar com o cenário de os professores terem de “andar com a casa às costas”, assegurando uma “maior estabilidade em termos de trabalho”, mas também de pôr um ponto final no “regime de precariedade”.

A par destes pressupostos, o primeiro-ministro referiu ainda que há que resolver outros problemas, como as “ultrapassagens nas colocações” e o excesso de burocracia “que está muito ligado ao exercício da profissão”, objetivos que António Costa recorda que constam do programa do Governo e que têm de ser satisfeitos.

Quanto à questão das carreiras, o primeiro-ministro deixou a garantia de que o ministro João Costa apresentará aos sindicatos dos professores um conjunto de propostas, designadamente, as referentes aos “acessos aos quinto e sétimo escalões”, onde há uma limitação por quotas, “como acontece em toda a administração pública”.

“Vamos ter propostas relativamente a esses dois passos na carreira”, reforçou.

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