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António Costa quer Conferência sobre Futuro da Europa centrada nos cidadãos

António Costa quer Conferência sobre Futuro da Europa centrada nos cidadãos

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje, em Bruxelas, a realização “o mais rapidamente possível” de uma Conferência sobre o Futuro da Europa que seja “centrada nos anseios e angústias dos cidadãos”.
António Costa quer Conferência sobre Futuro da Europa centrada nos cidadãos

“Precisamos da Conferência sobre o Futuro da Europa, como fórum de debate entre os Estados-membros e com os nossos cidadãos sobre o que queremos construir juntos como União no futuro”, salientou António Costa, acrescentando que esta “deve ser centrada nos anseios e angústias dos cidadãos e não nas questões das instituições”.

“Enquanto presidência do Conselho, tudo faremos para que a conferência possa ser lançada o mais rapidamente possível para que a possamos poder concluir com um debate aberto e esclarecedor”, anunciou o líder do Governo, durante a apresentação, no Parlamento Europeu, das prioridades da presidência portuguesa para este semestre.

O futuro da Europa, defendeu, passa pela partilha de “uma casa comum e os mesmos valores”, respeitando as “diferentes visões da UE” sem renunciar à identidade nem à liberdade de cada um fazer as suas escolhas. “O futuro da Europa não é compatível com um pensamento único, qualquer que ele seja”, completou, sublinhando a necessidade de se fazer “jus à divisa de uma Europa ‘Unida na diversidade’”.

Intervindo perante o hemiciclo europeu, António Costa defendeu que a conferência deve ainda ser “orientada para as políticas e as respostas comuns” aos desafios estratégicos que a Europa deve enfrentar “num mundo cada vez menos eurocêntrico”.

O primeiro-ministro comprometeu-se, neste sentido, a tudo fazer “para que a conferência possa ser lançada o mais rapidamente possível” e “para que possamos ter um debate aberto e esclarecedor com uma ampla participação”.

A Conferência sobre o Futuro da Europa, um fórum de discussão que está previsto durar dois anos, deveria ter começado a 9 de maio de 2020 e prolongar-se até ao verão de 2022, mas a pandemia de Covid-19 obrigou ao seu adiamento.

Sob o lema ‘Tempo de agir: por uma recuperação justa, verde e digital’, a presidência portuguesa da União Europeia, que decorre até final de junho, assume como grandes prioridades a promoção de uma recuperação da crise económica e social provocada pela pandemia, alavancada pelas transições climática e digital, a concretização do Pilar Europeu dos Direitos Sociais e o reforço da autonomia de uma Europa aberta ao mundo.