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António Costa propõe retoma regular das reuniões com epidemiologistas

António Costa propõe retoma regular das reuniões com epidemiologistas

O primeiro-ministro, António Costa, propôs hoje que as reuniões entre especialistas e políticos sobre a evolução da pandemia de Covid-19 em Portugal voltem a realizar-se com regularidade, anunciou o Secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro.
António Costa propõe retoma regular das reuniões com epidemiologistas

Em declarações aos jornalistas, José Luís Carneiro adiantou que esta proposta de António Costa foi apresentada na parte final da reunião de hoje, no Infarmed, em Lisboa, salientando salientou a “importância” da iniciativa.

“Estas reuniões permitem que todos os atores, não apenas aqueles que estão ligados à saúde, mas também todos aqueles os que têm responsabilidades na divulgação da informação, possam contribuir em cooperação para garantir que os portugueses dispõem de uma informação adequada para adoção de atitudes e comportamentos ajustados às necessidades do país”, sublinhou o dirigente socialista, acrescentando que o momento de evolução da pandemia é “crítico”, ainda que se observem alguns indicadores com evolução mais positiva.

“Há indicadores que são relativamente positivos, designadamente a estabilização no que respeita ao crescimento [de casos de infeção] e uma diminuição no indicador de contágios. Isto significa que as medidas que foram adotadas têm de continuar a ser adotadas”, advertiu.

José Luís Carneiro disse, depois, partilhar do entendimento do Presidente da República, de que o estado de emergência deve continuar a vigorar em Portugal, tendo em vista garantir que produzam efeito as medidas de caráter nacional, mas também as medidas “que garantem uma adequação à gravidade dos diferentes territórios locais, intermunicipais e regionais”.

De acordo com o Secretário-geral adjunto do PS, na decisão que vier a ser tomada pelo Governo, “não poderá deixar de se ter em consideração indicadores que foram apresentados pela Escola Nacional de Saúde Pública”.

“Esses indicadores mostram que os piores receios dos cidadãos relativamente às condições de saúde, nomeadamente em termos psicológicos e sociais, começam a manifestar-se. Ou seja, é preciso que as medidas a adotar não estejam unicamente relacionadas com as garantias do confinamento em termos considerados ajustados às necessidades, mas que essas limitações tenham também em conta o conjunto do funcionamento da sociedade e as necessidades que temos enquanto comunidade nacional”, apontou.

No que respeita aos avanços para a existência de uma vacina contra a Covid-19, José Luís Carneiro reiterou que, “se tudo correr como o previsto, sem qualquer contratempo, será possível iniciar campanhas de vacinação no primeiro trimestre de 2021, nomeadamente junto dos cidadãos que apresentam fatores de maior risco”.