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António Costa pede aos portugueses que deem “força ao PS” para garantir “um Governo estável nos próximos quatro anos”

António Costa pede aos portugueses que deem “força ao PS” para garantir “um Governo estável nos próximos quatro anos”

O primeiro-ministro e líder socialista, António Costa, realçou ontem o novo ciclo político que se abre no país, pedindo aos portugueses que deem força ao PS “para uma solução estável” de quatro anos de Governo.

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Na entrevista que ontem concedeu ao canal público de televisão, António Costa deixou bem vincado que para o PS o importante não é se os socialistas vão ou não alcançar uma maioria absoluta em 30 de janeiro, tarefa que está “reservada à decisão dos eleitores”, mas se os portugueses escolhem regressar ao passado com o PSD ou avançar para o futuro dando “continuidade a um Governo do PS”.

Já sobre a hipótese de novos entendimentos com os partidos à esquerda do PS, caso os socialistas não obtenham a maioria absoluta, António Costa insistiu na ideia de que o PS, em qualquer dos casos, “com ou sem maioria”, está “aberto ao diálogo”.

“Há muitas formas de estar na vida: Há quem olhe para portas e veja fechaduras; e há quem olhe para portas e olhe para a maçaneta que abre a porta. Com a minha forma de estar – uns dizem que é por ser otimista -, olho mais para a maçaneta do que propriamente para a fechadura”, disse. “Com ou sem maioria absoluta”, um PS vencedor “nunca deixará de dialogar”, completou.

Quanto ao receio de falta de democraticidade manifestado por alguns, caso o PS alcance a maioria absoluta nas próximas eleições legislativas, António Costa lembrou a sua passagem pela presidência da Câmara Municipal de Lisboa, onde governou com e sem maioria, sublinhando que em nenhuma circunstância alguém manifestou, pública ou particularmente, “qualquer medo” ou “me acusou de falta de diálogo democrático pela minha ação ou pela forma como o PS governou a autarquia”.

António Costa deixou ainda um recado, sob a forma de recomendação, aos políticos mais ‘desatentos’, para que tenham a “humildade de perceber” que, em eleições, quem escolhe são os portugueses, lamentando o “desperdício de oportunidades” que se abrirá caso o PCP e o BE “escolham de novo voltar a ser apenas partidos de protesto”, deitando fora o trabalho “construtivo” e de “boa fé” que foi possível realizar na anterior legislatura.

“Há uma lição que todos temos a retirar destes anos: Bati-me por esta solução, mas não escolho a orientação nem do PCP nem do BE. Se o PCP e o BE optaram por ser partidos de protesto, tenho de respeitar. Custa-me muito, devo dizer, porque acho que foi um desperdício de oportunidades”, considerou.

Contudo, e de acordo com o primeiro-ministro e líder socialista, o momento agora “não é o de estar a mexer nas feridas ou a remoer eventuais remorsos”, mas o de apelar aos eleitores para que “não fiquem em casa” e que deem ao PS a “força para podermos governar de forma estável durante os próximos quatro anos”.

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