Na entrevista que ontem deu à TVI/CNN, o Secretário-Geral do PS pediu ao Governo um maior empenho para que Portugal possa a uma só voz avançar com o nome do ex-primeiro-ministro, António Costa, para um alto cargo europeu, lembrando o contributo decisivo do PS em 2004 no apoio à escolha de José Manuel Durão Barroso para a presidência da Comissão Europeia.
A este propósito Pedro Nuno Santos garantiu ter já ouvido o novel ministro dos Negócios Estrangeiros afirmar “não ter nenhuma apreciação negativa” sobre a eventual candidatura de António Costa à presidência do Conselho Europeu, exigindo, contudo, a Paulo Rangel uma posição mais ativa sobre o assunto, insistindo o líder socialista que o caso judicial que envolve o antigo primeiro-ministro terá de merecer uma “clarificação urgente” por parte da Justiça, porque isso será não só muito importante para o próprio, mas certamente para os “portugueses e para Portugal”.
Dizendo não ter dúvidas de que o antigo Secretário-Geral do PS será sempre uma mais-valia na liderança de um organismo europeu e “um ganho” absoluto para todos os europeus, Pedro Nuno Santos deixou a este propósito a garantia de ter constatado pessoalmente a “respeitabilidade que António Costa conseguiu conquistar em toda a Europa” e não só na família socialista, como também assinalou, lembrando que o país não pode desperdiçar a oportunidade de ter um dos seus mais destacados quadros políticos num alto cargo nas instâncias europeias.